Nem mais...
Transcrevo o que vem no artigo do Blitz sobre "Musica e Contestação" que fala basicamente do papel da música mais tocada em França (rap e hip-hop) e os problemas sociais que existem nesse país. Isto é um excerto do que os artistas pensam sobre o que se passa.
"(...) os franceses têm uma tradição, que já lhes vem da Revolução e da Comuna, de fazer valer os seus direitos.
Quando os franceses saem à rua para se manifestar é sempre complicado, é violento.
Há sempre grupos, que vêm de todo o lado e de lado nenhum, que se colam às manifestações porque sabem que no fim há sempre confrontos com a policia e que a confusão lhe vai permitir assaltar carros, lojas, pessoas, etc. É esse tipo de pessoas que agora se está a aproveitar da situação. Isto é vandalismo de rua. É preciso ter consciência de que não estamos perante um movimento social-poderá é ser um berro social.
Não é um movimento organizado. Estão a ser violentos sem terem uma solução nem propostas. Estão a queimar a escola deles, os ginásios deles, os carros de toda a gente que os rodeia.
Não é violência gratuita. São sentimentos acumulados. Houve um acontecimento e as coisas passaram a ser exprimidas de forma diferente.(...)"