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ARTIGO DEMOLIDOR (E REALISTA ...)


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VALE A PENA LER! E reflectir !

 

> CLARA FERREIRA ALVES - Artigo demolidor.

>

>

> CLARA FERREIRA ALVES•

>

> Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao

> topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, que usem dinheiros

> públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face

> a um público acrítico, burro e embrutecido. Este é um país em que a

> Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de

> RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos

> funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de

> gratidão passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a

> "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar

> nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada mas

> mais honesta que estes bandalhos.

> Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O

> VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres

> forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o

> VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha

> os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e

> embrutecido. Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia

> (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao

> ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.

> Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de

> recreio dos mafiosos.

>

> A justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca

> - Clara Ferreira Alves - Expresso

>

> Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral

> muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se

> preocupa com isso apesar de pagar os custos da morosidade, do

> secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os

> portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo

> "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal

> alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se

> fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em

> permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.

>

> Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que,

> nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é

> definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.

>

> Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia,

> foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao

> caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas

> histórias, nem o que verdadeiramente se passou nem quem são os

> criminosos ou quantos crimes houve.

>

> Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços

> de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de

> apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da

> história é uma coisa normal em Portugal e que este é um país onde as

> coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em

> ditadura.

>

> E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este

> estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos

> computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao

> maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e

> esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.

>

> Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às

> escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao

> caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport

> Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de

> Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande

> empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João

> Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos

> arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem

> por ser investigados, julgados e devidamente punidos?

>

> Vale e Azevedo pagou por todos.

> Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de

> Leonor Beleza com o vírus da sida?

>

> Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado

> num parque aquático?

>

> Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos

> crimes imputados ao padre Frederico?

>

> Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre

> Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?

>

> Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja

> cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?

>

> Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e

> enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.

>

> No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível,

> alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a

> condenar alguém?

>

> As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da

> criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a

> Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.

>

> E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as

> crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?

>

> E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos,

> alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que

> aconteceu?

>

> Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.

>

> E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela

> reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol,

> milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu

> e porquê?

>

> E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios

> escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que

> isso pára?

>

> O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz,

> apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para

> a sua filha.

>

> E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter

> assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?

>

> E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de

> colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é

> surda, muda, coxa e marreca.

> Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são

> arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao

> esquecimento.

>

> Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.

>

> Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem

> eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e

> abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto

> que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.

>

> Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de

> protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e

> reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da

> verdade.

>

> Este é o maior fracasso da democracia portuguesa

>

> Clara Ferreira Alves - "Expresso"

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o povinho português quer é putas e vinho verde, e estas coisas pouco ou nada interessam, vivemos numa sociedade mesquinha tacanha e retrograda ( a revolução republicana foi uma revolução urbana num país maioritáriamente rural, este aspecto embora tenha tido uma viragem, as mentalidades ainda prevalecem um pouco niilistas).

I guess part of me or a part of who I am, a part of what I do

Is being a warrior - a reluctant warrior, a reluctant struggler

But... I do it because I'm committed to life

We can't avoid it, we can't run away from it

Because to do that is to be... cowardice-

To do that is to be subservient... to devils, subservient to

Evil and so that the only way to live on this planet

With any human dignity at the moment is to struggle.

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Se calhar tem que haver outra Revolução....

O que é certo é que no tempo do Salazar, por mais mau que ele fosse..... havia justiça.

 

Goaforever

 

lol

 

 

sobretudo nas eleições,....aquilo era de uma justiça que até arrepiava

 

e a distribuição de riqueza pelas 5 famílias (Champalimaud, Espirito Santo, Mello, etc,..)? Era justo sim sr, o resto do país comia sopas de cavalo cansado ao pequeno almoço, e uma sardinha a dividir por uma família inteira... justo, pois estão.

Quem não quizesse, epah olha que emigrasse se tivesse forças pra isso, e até não foram nada poucos os que emigraram não senhor.

Já para não falar nas prisões políticas, na censura, nos bufos, no verdadeiro estilo de manada.

 

justo ....á brava

 

enfim...

 

mas voltando á vaca fria, é um facto e subscrevo na totalidade a indignação da CFA, mais que o défice orcamental, a impunidade é o que está a destruir esta sociedade.

Deviamos fazer como na Grécia e dizer basta desta palhaçada.

 

E o pior que tudo é que os advogados e Juizes, que são os verdadeiros responsáveis, são tratados como se fossem de uma classe superior - inatingíveis.

Penas brandas, lentidão, e sentimento de impunidade é o colapso da demoracia.

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por algum motivo o resto do mundo vê portugal como um paraiso fiscal, porque será???....

 

venha é dinheirinho, e o que realmente interessa fica bem guardadinho nas gavetas... :(

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Se calhar tem que haver outra Revolução....

O que é certo é que no tempo do Salazar, por mais mau que ele fosse..... havia justiça.

 

Goaforever

 

Nunca tinha visto as coisas descritas dessa maneira... realmente há com cada um...

 

Goaforever? :huh:

"In the absence of light, darkness will prevail..."

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