Reza a minha mãe, sempre de lágrimas nos olhos, como aliás eu, quando a repito...:
Foi no fúneral de Catarina Eufémia, onde os meus pais, como defendores ferranhos da liberdade que são, fizeram questão de ir apresentar respeitos e consideração à sua camarada, que os guardas da GNR de armas em mão, gritaram em tons de agressão, que só poderia entram no cemitério quem tivesse flores para pôr na campa... Então, minha mãe, mais uma brava a juntar-se aos bravos, que trazia ao peito um ramo de flores, distribuiu quantas tinha, uma por pessoa, em aberto desafio, e a palavra foi cumprida... todos quantos as tinham, flores, tiveram entrada.... e carpidaram o quanto queriam...
Que nunca sejam esquecidos estes tempos de repressão, para que nunca o voltem a ser....
E VIVA A LIBERDADE !!!