Amor entre dois adultos é um conceito que deriva da nossa profunda insegurança.
Convencermo-nos de que amamos alguém é uma tendência psicológica que se expressa na repetição de processos e rituais que se vão revelando uteis.
Reforçar estes laços sociais com alguém pode resultar num crescimento real das capacidades sensoriais e de avaliação do mundo e da sociedade, podendo inclusivamente abarcar outros conceitos como a lealdade, fidelidade, respeito mutuo, mutua admiração, mutua inspiração, um desafio saudável portanto.
Na realidade o unico "Amor" possível de ser experimentado ao máximo é aquele que sentiríamos por nós próprios, já que não teria influências e complicações externas de compensações neuro-quimicas.
Por outro lado há também um "Amor Transcendental" que é aquele que sentimos pelos nossos pais e pelos nossos filhos.
Esse será talvez aquele que terá menos condicionantes sociais e estigmas associados, e não se engloba no tal conceito que deriva da insegurança. Aqui não me parece que haja conceito porque se trata como de um código intrínseco ao nascimento de todas as nossas moleculas, que resulta numa similitude na sequenciação e organização do ADN.
Falando na relação de dois adultos que é sobretudo daquilo que se fala neste tópico, gosto de pensar nesse conceito como num ideoma de desafios mutuos, em que nenhuma das duas pessoas abdica, impoem ou submete a sua personalidade à da outra, e que com o passar das experiencias em conjunto, vão criativamente encontrando e criando novos rituais de entendimento e entreajuda de grande utulidade que por sua vez reforçam os laços emocionais existentes.
Se , e em cima de tudo isto o sexo for bom, então parabens, você continua a não saber o que é amor, mas sente o AMOR.