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moony

Elastika
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Posts posted by moony

  1. a justiça social não se faz por retirar a uns para igualar aos outros ! mas sim por dar mais a uns para igualarem os outros ! ;)

    Também concordo com isso.

     

    Mas há funcionários públicos que têm regalias a mais. Porque é que a família de um polícia há-de ter direito a um sistema de saúde privado quase gratuito? Eu até acho que a saúde devia ser gratuita para todos. Acontece que as regalias de algumas pessoas são pagas com o que sai do meu, e de outros, ordenados. E as regalias devem ser para todos. -_-

  2. DigitalSelf, os loucos é que são internados.

    Quase toda a gente tem traumas de infância, uns mais do que outros. Imagina o caso de uma criança que tem um pai que lhe bate quase todos os dias. Será que, quando essa criança for adulta, se bater também nos filhos, não deve ser responsável só porque também apanhou porrada quando era pequena?

     

    O Bibi foi abusado sexualmente, ok. Mas isso foi há 20 ou 30 anos. Acho que não se deve desculpar os actos dele, por causa disso. Além do mais, quem é que disse que ele sofreu abusos quando criança. O próprio? :lol: Ou quem abusou dele?

     

    E também não acho que os outros, só porque são ricos, apresentadores de televisão, embaixadores ou advogados sejam mais culpados do que ele.

  3. Gypsia, depende do estado de saúde da pessoa. Um médico com 60 anos, se não for doente, é uma pessoa com uma bagagem muito grande e ainda pode fazer muita coisa (até aos 65).

     

    Há outras profissões, que estão fora da função pública, que também são de grande responsabilidade; então porque é que essas pessoas não se reformam também aos 60 anos?

     

    Porque raio é que uma pessoa que trabalha numa repartição de finanças há-de ter direito a trabalhar menos cinco anos do que eu, ou a minha mãe.

     

    Ya... não é injusto, e eu se quisesse reformar-me aos 60 tinha ido para funcionária pública, não é?

     

     

    Eu não tenho nada contra as reformas aos 60, mas então que seja para todos.

  4. e o que vejo tb é a merda de políticos que temos ( e aqui tenho razões para generalizar) aumentar a puta da idade da reforma até aos 65 anos e pergunto-me a mim mesmo porque razão a minha mãe vai ter de bulir mais 20 anos naquelas condições ??

    Tirando o caso da tua mãe, que é um caso excepcional, porque é que os funcionários públicos hão-de ter direito a trabalhar menos cinco anos do que eu, para além de todas as regalias que já têm, entre as quais, receber a reforma por inteiro, em relação ao ordenado?

     

    Isto não tem nada a ver com o que se tem estado a discutir, mas como falaste neste assunto, com o qual eu não concordo...

  5. DrunkToad, tu disseste que o cepticismo priva-nos da liberdade, e é isso que eu não entendo. Eu, por duvidar, sou menos livre?

    Além disso, não é porque duvido ou questiono, que deixo de estar aberta a novas propostas, right?

  6. Depende da "coisa". :P É incrível como fica mais barato mandar vir do estrangeiro, com portes incluídos, do que comprar cá, não é?

     

     

    White.dove, em lojas como a Worten, Fnac arranjas disso. Mesmo em hipermercados encontras, e talvez seja mais barato, entre 15€ a 18€, as mais baratas. Pelo menos há uns tempos, eram estes os preços.

  7. Eu não disparava contra nada nem ninguém. Era incapaz de disparar uma arma.  :huh:  Tenho um medo terrivel.

    Sim, sim... e numa situação de vida ou morte, deixavas-te matar? Há situaçóes e situações...

    Muito provavelmente sim porque a última coisa que teria á mão para me defender era uma arma de fogo.

    Duh... a situação era no caso de teres uma arma. Claro que se não houvesse arma, não havia nada para disparares. :><P:

  8. Construir um país

    Precisa-se de matéria prima para construir um País

     

     

    A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

     

    Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos.

    Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.

     

    Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

     

    Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.

     

    Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que

    Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui,

    não em outra parte...

    Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?

    Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de

    baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados! É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.

     

    Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada

    poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.

    Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM

    OUTRO LADO.

     

    E você, o que pensa?.... MEDITE!

     

     

     

    Eduardo Prado Coelho in Público