Fui jantar aos "Poveiros" ao restaurante Pink.
3.20 € por um bife grelhado que transbordava pelo prato. Nem espaço havia para arroz, batatas e salada que ficaram a ser "debicados" na travessa.
Bom, o que quero dizer com isto é o seguinte:
O meu irmão não resistiu, e mesmo antes do último copito de vinho (já depois do repasto) foi para a varanda fumar, eu resisti estoicamente. Chove a cântaros, e ele veio para dentro. Nem pedimos mais uma garrafa. Foi pagar e sair.
A seguir fomos à "Tendinha", beber o shot de Bushmills da ordem com o cafézito. Mais uma vez, viemos fumar um cigarrito para a rua. Nem ficámos mais tempo. Até estávamos com vontade de ficar, consumir, socializar... mas não deu. Escusado será dizer que estava toda a gente cá fora.
Parece-me a mim, que quem vai ter mais a perder* são os donos dos estabelecimentos. Pelo menos durante o Inverno, onde as esplanadas são impossíveis. Mesmo que os estabelecimentos tenham as condições para que haja uma zona de fumadores, os empregados são obrigados a não exceder as 2:30 horas de trabalho seguidas (devido ao fumo, claro). Qual o proprietário de um espaço que vai aguentar isto? E quem são os empregados que se vão sujeitar a trabalhar (a recibo verde, bien sure) e receber apenas uma parcela do que recebiam?
Vou dar um exemplo que me parece sintomático:
Vai haver um jantar/reunião da banda do meu irmão amanhã. Estava previsto ser num restaurante, mas é impossível uma reunião com gente constantemente a levantar-se para fumar um cigarrito à rua. A reunião tem de ser com todos e sem stresses por causa do fumo.
*eu também vou perder, pois vou gastar muito mais dinheiro (por incrível que pareça) a comer em casa.
Acho muito bem que existam locais livres de fumo. Mas deviam existir locais onde fosse possível fumar. As pessoas optavam. Parece-me simples e sensato. E se calhar, muito mais fácil de controlar e legislar.
Mas não, vamos todos fazer jogging e ser muito felizes e saudáveis, porque o estado assim entende.
Filhos da puta!
Podem dar-me o warn agora.