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Africa Festival Monsanto


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Lisboa

África Festival

O continente da diversidade

Lisboa, Parque de Monsanto - Auditório Keil do Amaral

De 21 a 24 de Julho de 2005, 22h

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África Festival enche por completo o Auditório Keil do Amaral, do parque de Monsanto de Lisboa, com o melhor da música de raizes africanas. Com Zap Mama, Ali Farka Touré, Ray Lema & Chico César, Tito Paris, Manecas Costa, Mabulu, Waldemar Bastos e Lura.

 

A ideia já tem três anos e surge com o plano de revitalização do "central park" da cidade de Lisboa - fazendo com que os Lisboetas passem a frequentar Monsanto para o seu lazer de fim de semana e não só. Nessa estratégia encaixa-se a promoção de concertos ao ar livre num belo espaço - desta vez com a promoção do África Festival - certame com um dos melhores cartazes deste verão. Absolutamente a não perder.

 

Quinta-Feira, dia 21 de Julho, 22:00h

Zap Mama (Bélgica)

As Zap Mama surgem com uma mistura ecléctica de estilos algures entre o Soul, o Gospel e os ritmos afro-cubanos. Com a ajuda de gestos e uma infindável imaginação, as 5 vozes acrobatas prenderam o público numa maravilhosa volta ao mundo, fazendo uma pausa para de repente visitar o souk do Congo ou viajar sobre o Taj Mahal. Sting e Peter Gabriel manifestaram interesse logo em 1991 quando as Zap Mama lançam o seu primeiro trabalho, sem título, mas é David Byrne quem acaba por editá-lo pela Luaka Bop. Em 1993 o grupo estava no top dos CD’s mais vendidos da World Music, um sucesso consolidado com o segundo disco – Sabsylma - premiado com um Grammy. Numa segunda fase Marie Daulne torna-se o ponto central da banda e o único elemento da formação original. Com Michael Franti edita 7, um disco com uma sonoridade mais virada para o funky, decorrente da introdução das teclas, guitarra, baixo e percussão e incorporando elementos de rap e hip hop, revelandose mais versátil e assumindo-se no campo da afro-pop. A Ma Zone (In My Zone) é o 4º disco da banda. Melancólico e exuberante, traça uma fina linha entre o Soul do passado e a tecnologia do futuro. Destacam-se as notáveis contribuições dos seus músicos convidados: Manu Dibango, The Roots e Speech dos Arrested Development. Nesta fase Marie Daulne vai para Nova Iorque, participa na banda sonora de “Missão Impossível II”, participa em alguns trabalhos como convidada, integra a banda de Erikah Badu na tournée de 2003 e junta-se à comunidade The Roots. Nasce assim Ancestry in Progress, em colaboração, entre outros, com Ahmir “?uestlove” Thompson, Anthony Tidd Rich Nichols. A maior parte das músicas foram co-produzidas e escritas por Marie Daulne depois de chegar aos Estados Unidos, reflectindo muito da sua experiência na América – “ ...O beat americano é uma revolução em todo o mundo...toda a gente o ouve e toda a gente o segue, mas o beat dos Estados Unidos foi inspirado pelo beat que veio de África. Não apenas pela estrutura, mas pelo seu som. Esta é a fonte das sonoridades modernas, a história do beat, começando pelos pedaços de madeira que batem um contra o outro e chegando aos actuais sound-system...”

Marie Daulne – voz | Mandjeku Lengo – guitarra | Chantal Willie – baixo e voz | Ida Nielsen – baixo | Luc Weytjens - teclas | Yassine Daulne - DJ, Rap | Patrick Dorcean - beteria, loops | Fredy De Mauser Massamba - voz, percussão, rap | Tanja Daese - coro | Lene Christensen - coro

 

Quinta-Feira, dia 21 de Julho, 23:30h

Manecas Costa (Guiné-Bissau)

Manecas Costa nasceu em 1967, em Cacheu, Guiné-Bissau, é Mandjako, cantor, compositor e um guitarrista virtuoso. Em criança teve a felicidade de conhecer José Carlos Schwarz, o mais importante músico da Guiné-Bissau, um encontro que o inspirou a pegar na guitarra. Começou a tocar com 9 anos e juntamente com o seu irmão mais velho, Nelson, criou o grupo “Africa-Livre”. Aos 10 anos foi convidado a colaborar com a Orquestra Aragon. Autodidacta, durante a adolescência Manecas Costa era já uma figura conhecida pela sua formidável técnica na guitarra acústica e baixo eléctrico, pela sua voz carismática e apaixonante e pelas suas composições, cujas letras se centram nas tradições, assuntos e preocupações da Guiné-Bissau, muitas delas em questões relacionadas com as mulheres e crianças. Em 1987 foi convidado a participar no festival anual “Découverte”, organizado pela Radio France Internacional, um importante showcase para os novos talentos de África, Caraíbas e Pacífico, marcando a sua primeira exposição internacional. No mesmo ano, com 20 anos de idade, foi nomeado Embaixador da Boa Vontade, pela UNICEF. Nesta fase participa em vários festivais em Cabo-Verde, Angola, Itália, Portugal e Coreia do Norte. Em 1990 decide radicar-se em Lisboa e grava com o apoio da UNICEF “Mundo di Femia”, o seu primeiro álbum a solo. Este sucesso lança-o numa nova carreira de produtor e arranjador, bem como de cantor e compositor, produzindo muitos discos de artistas africanos residentes em Portugal. Foi guitarrista de Waldemar Bastos e trabalhou de perto com Bana, Paulino Vieira e Sara Tavares, tendo igualmente gravado com muitos músicos internacionais. Produziu o seu segundo álbum “Fundo di Matu” nos estúdios da EMI, em Lisboa e dois dos temas foram incluídos na compilação Palop África (Stern’s music,2001). “Paraiso di Gumbe” saiu em Maio de 2003 pela editora BBC Late Junction, produzido por Lucy Duran e Jerry Boys, gravado parcialmente num estúdio móvel na Guiné-Bissau e em Londres, nos estúdios Livingston. É um álbum acústico e eléctrico que explora os sons vibrantes e crus da Guiné-Bissau, conjugados com a sua inimitável voz e forma de tocar, bem como algumas das suas composições originais mais sublimes.

Manecas Costa – voz e guitarra | ‘Gogui’ Embalo - baixo e voz | Fernando Carlos – bateria e voz | Marcelo Costa – guitarra e voz

| Domingos Sa – percussão e voz | Ademir ‘Mimito’ Lopes – teclas | Maria Sobral – voz | Vânia Oliveira – voz

 

Sexta-Feira, dia 22 de Julho, 22:00h

Ali Farka Touré (Mali)

Autodidacta, aos 20 anos dominava fluentemente 7 línguas do Mali, bem como o n’goni, a njarka e a flauta de bambu de Peul, aos quais mais tarde junta a percussão, a bateria e o acordeão. A sua carreira musical começa nos anos 60 com a Troupe 117, quando o Mali declara a sua independência. Associa-se mais tarde à Radio Mali Orchestra, também como engenheiro de som, o que lhe permite uma abordagem tecnológica ao universo da música. Os anos 70 foram um período de intensa actividade musical no Mali, em que começam a surgir influências de outros estilos, dos quais se destaca a música de dança de Cuba, a rumba do Zaire, as guitarras da vizinha Guiné e a música dos cantores afro-americanos como James Brown, Otis Redding e Aretha Franklin. Ainda hoje Ali é fã de todos eles – em parte, diz, por encontrar neles muitas das suas tradições. De todos os estilos, aquele que considera mais semelhante ao seu é o Blues e sobretudo na música de John Lee Hooker (com quem tem a oportunidade de tocar em 1991), encontra ecos da música de Tamascheq. As suas músicas celebram o amor, a amizade, a paz, a terra, os espíritos, o rio e o Mali, expressos em densas metáforas. Em todo o seu trabalho é visível a sua pesquisa sobre a música e cultura locais, numa vontade expressa de as preservar

para as gerações futuras. Em 1980 regressa a Niafunké, sua cidade natal e em 1987 viaja para fora de África – Europa, EUA, Canadá e Japão - , para os seus primeiros espectáculos a solo através da editora World Circuit. Com eles grava “The River”, “The Source” e “Talking Timbuktu”. Este ultimo, de 1993, em colaboração com Ry Cooder

e que o fez conquistar um Grammy, tornando-se assim o seu maior sucesso internacional. Em 1996 edita “Radio Mali” (uma colecção de temas dos seus 5 primeiros álbuns), que nos oferece algumas das suas melhores prestações acústicas. Em 2003 participa no documentário “Feel Like Going Home”, de Martin Scorsese e em 2004 é lançada a versão digitalmente remasterizada de “Red & Green”. É também em 2004 que faz as suas primeiras gravações, após 5 anos, a serem lançadas este ano (2005) pela World Circuit. Estas gravações fazem parte de uma trilogia de álbuns gravada pela World Circuit em sessões no Hotel Mandé, em Bamako, Mali. O primeiro em lançamento é um duplo álbum de Ali e Toumani Diabaté chamado “In the Heart of the Moon”. O terceiro será o novo álbum a solo de Ali.

Ali Farka Touré – voz, guitarra | Ali Magassa – guitarra, voz | Basekou Kouyate – n’goni | Souleymane Kane – cabaça, djembé, voz | Oumar Hamadoun Touré – congas, voz | Oumar Diallo – baixo

 

Sexta-Feira, dia 22 de Julho, 23:30h

Mabulu (Moçambique)

A tradicional Marrabenta encontra pela primeira vez o som emergente do Rap e do Hip Hop moçambicano. A ideia de criar o projecto Mabulu surgiu em 1998, quando o produtor Roland Hohberg (proprietário do primeiro estúdio privado em Moçambique) convidou o artista de Marrabenta Khass Khass e o jovem rapper Chiquito, para juntos gravarem um álbum, intitulado “I Know where I come from, but don’t know my destination”. Em Outubro 99 Khass Khass morre com 32 anos e Roland convida então Lisboa Matavel, um músico de Marrabenta da velha guarda, para trabalhar com Chiquito, bem como outros artistas – António Marcos, a jovem cantora Chonyl e três músicos da banda “Mix Malta” - Zoco, Eduardo e Jorgito. Com estes 7 músicos de gerações diferentes o projecto foi chamado MABULU que significa “à procura de diálogo” – pela necessidade de tolerância e compreensão entre gerações. Em 2000 MABULU grava o seu primeiro álbum “Karimbo” e em 2001 “Soul Marrabenta”. Já com vários espectáculos agendados pela Europa, MABULU coloca lado a lado, após décadas de rivalidade, Lisboa Matavel e Dilon Djindji, para uma série de concertos enquadrados em importantes festivais europeus. Em Janeiro de 2002 o grupo actua pela primeira vez na África do Sul, no Jazzathon Festival, em Cape Town e dois meses depois a banda é nomeada para “Melhor Revelação”, pela BBC Radio 3 World Music Awards, em Londres, UK. Em Julho MABULU actua pela primeira vez em Portugal, no Festival de Músicas do Mundo, em Sines, onde é produzido o vídeo ao vivo de “Maria Teresa”, cantado por Dilon Djindji. Em Março de 2004 começam a trabalhar no novo vídeo

“Maldeyeni”, cantado por António Marcos e produzido pela GAP Music Media, Alemanha. O grupo também participou no filme “Marrabentando”, produzido por Karen Boswall, apresentando Dilon Djindji, António Marcos e MABULU. Em Outubro partem para a 5ª tourné europeia, altura em que a cantora Chonyl abandona a banda e é substituída por Loide. Em Janeiro de 2005 MABULU grava um tema em solidariedade para com as vítimas do Tsunami, na Ásia e participa em acções de solidariedade em Moçambique. O novo vídeo “Podina”, cantado por Dilon Djindji é produzido por Marcel Rutschmann e Roland Hohberg. No passado dia 6 de Maio foi lançado o 3º álbum pela Vidisco, com 14 temas remisturados dos seus trabalhos anteriores, produzido por Roland Hohberg e Mr. Arssen. Este espectáculo insere-se na 6ª tourné europeia da banda e conta com a participação do cantor ragga Mr. Arssen.

Dilon Djindji – voz | Antonio Marcos – guitarra e voz | Zoco – guitarra | Jorgito – bateria e voz | Edu – baixo | Chiquito – voz/rap | Loide – voz | Mr. Arssen – voz/ragga

 

Sábado, dia 23 de Julho, 22:00h

Ray Lema & Chico César (Congo/Brasil)

Ray Lema nasceu no Congo (Zaire), actual República Democrática do Congo e é, reconhecidamente, um dos mais importantes nomes da música africana de todos os tempos, figurando como maestro, compositor, cantor e instrumentista. Assimilou as mais diversas referências musicais como Bach, Beethoven, Mozart, The Beatles, Jimi Hendrix e rumba congolesa, para além de ter um profundo conhecimento das etnias africanas, pelo que as suas composições transmitem o sentido das diferentes culturas numa medida particular. Mais do que um extraordinário músico ou compositor, Ray Lema talvez devesse ser chamado de construtor de pontes. Poucos artistas têm como ele a capacidade de fundir os elementos da sua música nativa com o que existe de mais notável na música de outras culturas. Chico César nasceu em Paraíba, Brasil. Em 1995 lançava o primeiro CD "Aos Vivos" (Velas) e tornou-se nacionalmente conhecido em 1996 através do segundo álbum, "Cuscuz Clã". No terceiro CD, "Beleza Mano", mergulhou na cultura negra com participações do zairense Lokua Kanza, o grupo coral negro Família Alcântara, os rappers Thaíde e DJ Hum, Paulo Moura entre outros. "Mama África", "À Primeira Vista" e “Onde estará o meu Amor” são os seus principais hits. Compositor consagrado, tem músicas gravadas por artistas como Maria Bethânia, Elba Ramalho, Daniela Mercury, Zizi Possi, Emílio Santiago, Gal Costa e Ivan Lins. Desde que se encontraram pela primeira vez no Brasil em 1998, Ray Lema e Chico César sentiram uma ligação musical preciosa. Os dois começaram a tocar violão juntos e Ray ficou emocionado por encontrar alguém no Brasil que tocava – exactamente - como os músicos de uma região específica do Congo. A ideia de um espectáculo em conjunto nasceu no entanto quando os dois se encontraram em dezembro de 2003, no Rio de Janeiro, onde se apresentaram nos mesmos dias mas em lugares diferentes. Mesmo assim eles conseguiram por quatro dias consecutivos participar no espectáculo um do outro, e foi aí que eles perceberam que queriam (muito) mais.

Ray Lema – voz e piano | Chico César – voz e guitarra | Louis Bilong – baixo | Simone Soul – percussão e bateria | Catherine Renoir – percussão e voz | Isabelle Gonzales – coros

 

Sábado, dia 23 de Julho, 23:30h

Waldemar Bastos (Angola)

“Eu derramei a minha alma neste disco” Renascence. Não tanto um “renascimento”. Mais uma renovação ou uma revitalização. O novo álbum de Waldemar Bastos contém muito daquilo que os seus fãs vão considerar reconfortantemente familiar. A dignidade e autoridade que são a sua imagem de marca. A voz quente e cheia de alma. O magnífico dedilhar da guitarra, tanto acústica como eléctrica. Mas este é também um Waldemar Bastos como nunca ouvimos antes. Nascido na fronteira de Angola com o Congo, em 1954, Waldemar Bastos começou a cantar e a fazer música muito cedo. “Cinco séculos de colonização levaram a que crescesse a ouvir muitas canções de muitas culturas diferentes”, explica. Além dos sons africanos que, naturalmente, absorvia de todo o ambiente que o rodeava, ouviu muita música brasileira e cita os Beatles, Nat King Cole, os Bee Gees e Carlos Santana como as suas primeiras influências não-africanas. Mas, com a guerra pela independência a intensificar-se, Angola não era um sítio fácil para viver. Ainda estudante, Waldemar foi detido e preso pela policia secreta colonial portuguesa. Após a independência de Angola, em 1975, uma sangrenta guerra civil tomou conta do país. Waldemar, relutantemente, concluiu que este não era um ambiente propício ao desenvolvimento e crescimento de um músico e, numa visita a Portugal, em 1982, decidiu não regressar. Foram muitas as mudanças, tanto no mundo como na vida de Waldemar, desde a última vez que ouvimos falar dele, passados que são sete anos do lançamento do seu último álbum, Pretaluz/Blacklight. Entretanto, houve tempo suficiente para assimilar e reflectir – e houve muita coisa para assimilar e reflectir. No ano passado, ele regressou à sua Angola natal, pela primeira vez em mais de uma década, para celebrar a chegada da paz ao seu país. Este ano, cumpriu os cinquenta anos, outro marco que o levou à reflexão. Agora, em Renascence, todas estas experiências dão o seu fruto. É um disco que não só resume a trajectória da sua vida, como também imprime uma nova maturidade e profundidade à sua música, pelo que é, num verdadeiro sentido, o álbum da sua vida. Dirigido pelo produtor e programador, da Jamaica e do Reino Unido, Paul 'Groucho' Smykle (Gregory Isaacs/ Bad Audio Dynamite/ Black Uhuru/ Baaba Maal), Renascence foi gravado em Espanha, Alemanha, Turquia e Londres.

Waldemar Bastos – voz, guitarra acústica | Dizzi – guitarra eléctrica | Toni Dudu – guitarra eléctrica | Komba Bellow – percussão | Elias – bateria, voz | Zeze – percussão, voz | Bibi Hammond – baixo | Caxuxa – voz

 

Domingo, dia 24 de Julho, 22:00h

Tito Paris (Cabo Verde)

acústico com Orquestra de Câmara

Tito Paris nasceu na Ilha de S. Vicente, em Cabo-Verde. Ao deambular pelo passado, lembra-se muitas vezes das suas escapadelas pelos bares, às escondidas da mãe, aproveitando as ausências do pai, quando este, marinheiro, andava embarcado. O miúdo franzino, não tinha ainda dez anos e andava sempre com a sua guitarra, na qual a irmã lhe ensinou os primeiros acordes. Tocou com os irmãos e com Bau (seu primo) já muito hábil no cavaquinho, que se tornou também ele célebre mais tarde. Absorveu os conselhos, a sabedoria e os conhecimentos do clarinetista Luís Morais e do pianista Chico Serra. Com dezanove anos parte para Lisboa, chamado por Bana, para tocar no seu grupo Voz de Cabo Verde. Com a cabeça cheia de sonhos, Tito Paris inicia a sua grande aventura a partir deste momento. Após quatro anos emancipa-se da Voz de Cabo Verde, com quem cresceu muito musicalmente, sobretudo graças a Paulino Vieira. Torna-se um dos nomes mais conhecidos do meio musical caboverdiano em Lisboa. Em 1985, produz ele próprio o seu primeiro álbum, um disco exclusivamente instrumental, que põe em evidência todo o seu talento de guitarrista. Forma o seu próprio grupo, e grava em 1994, “Dança mi criola”, cartão de visita que o dá a conhecer a toda a diáspora cabo-verdiana. Surgem “Graça de Tchega” em 1996, depois duas gravações ao vivo, das quais o “27 de Julio 1990” que saiu no ano de 2001. Entre as várias gravações, de Oslo a Nova Iorque, da Luisiana a Paris, o “animador” das noites africanas de Lisboa visita muitos países. “Guilhermina”, o seu novo álbum, supera os êxitos anteriores. A voz rouca dos blues afirma-se, apresenta-se de uma forma instintiva. A guitarra ostenta uma eloquência ainda mais apaixonante. Uma indescritível melancolia e movimentos bamboleantes e insinuantes, uma profunda manifestação de “saudade”, uma serenidade dolorosa, a nostalgia que caracteriza constantemente a música cabo-verdiana, bem como as coladeiras, o funáná, são propostas felizes e grandes tentações para dançar. Ao preservar a singularidade, o génio crioulo, a tradição da música cabo-verdiana, Tito Paris, embaixador voluntário e entusiasta da alma musical do seu país, abre também portas e janelas e estabelece pontes. Cria, sem nunca esquecer as suas raízes. Este espectáculo é o sonho da sua vida profissional. O repertório é constituído pelas canções do seu último CD “Guilhermina”, pelos grandes êxitos da sua carreira, bem como por canções que fazem parte do grande património colectivo caboverdeano. Conta com a presença de uma orquestra de câmara composta por 7 violinos, 3 violas, 2 violoncelos e 1 contrabaixo aos quais se juntaram os 5 músicos caboverdeanos que o acompanham há muitos anos e um naipe de 4 metais num total de 22 músicos em palco.

Tito Paris – voz, guitarra | Manuel Paris – baixo eléctrico | Ciro Bertini – piano acústico | Jair – percussão, voz | Toy Paris – bateria, voz | Toy Vieira – cavaquinho, voz | Tomás Pimentel – trompete, fliscorne | Luis Cunha – trombone | Daniel Salomé – saxofone, clarinete | António Barbosa – 1º violino | Ana Elisa Ribeiro - 1º violino | Raquel Cravinho – 1º violino | Francisca Fins – 1º violino | Paulo Viana – 2º violino | Jorge Vinhas – 2º violino | Filomena Lezé – 2º violino | Ricardo Mateus – violeta | Lúcio Ferreira – violeta | Andrea Rafael – violeta | Tiago Ribeiro – violoncelo | Carlos Faria – violoncelo | João Panta Gomes – contrabaixo

 

Domingo, dia 24 de Julho, 23:30h

Lura (Cabo-Verde)

Oiçam Lura. E depois vejam-na em palco, em corpo e alma, pura beleza crioula, com uma voz que não cabe nela. A experiência que ganhou no teatro, na companhia Plano Seis, ajudou-a, conforme reconhece, a interpretar as suas canções. Porém, o essencial é inato. E o essencial é a paixão, a energia juvenil e, claro, o poder arrebatador de uma voz verdadeiramente única, na qual durante anos ela própria não acreditava. "Achava que tinha uma voz de bagaço", conta, "e tinha vergonha de cantar até os Parabéns a Você". Nascida em Lisboa, em 1975, descobriu-se cabo-verdiana, sem nunca deixar de ser portuguesa, através do crioulo aprendido com as amigas da escola. Hoje orgulha-se de falar e de escrever as suas composições, no crioulo fundo, do mais fundo chão das ilhas. "Nha Vida" redime o seu álbum de estreia, com o mesmo título, lançado em Lisboa a 31 de Julho de 1996, dia do seu vigésimo primeiro aniversário. No ano seguinte a canção é incluída na colectânea "Onda Sonora Red Hot + Lisbon", e a extraordinária voz de Lura sobressai, com o esplendor de um metal recém polido, por entre todas as outras. Acrescente-se que entre essas outras vozes estão algumas das mais belas, e mais conhecidas, de todo o vasto mundo onde se fala a língua portuguesa: Marisa Monte, Caetano Veloso, Teresa Salgueiro, Filipa Pais, Djavan, Bonga. Em 2002, já com a chancela da Lusáfrica, Lura apresenta o seu segundo álbum: "In Love". Sete das doze canções do disco foram escritas pela própria cantora, uma das poucas mulheres a compor, no riquíssimo universo da música crioula. "Di korpo ku alma" é o seu mais recente trabalho, com temas da sua autoria – “Só um cartinha”, “Nha Vida” e “Tem um hora pa tude” - ; temas do falecido Orlando Pantera – “Batuku”, "Na ri na", "Vazulina" e "Raboita di Rubon Manel"; temas de Tcheka - jovem estrela em ascensão na música das ilhas, que comparece com duas fortes apostas, ambas repescadas do álbum anterior, "Tabanka assigo" e "Ma´n ba dês bês kumida dâ"; uma velha canção dos saudosos Bulimundo, "Tó Martins", sobre a emigração; e finalmente "Dzê que Dzê", de Vaíss e Luís Lima e "Padoce di Céu Azul", de Valdemiro Ferreira (Vlu), que Tito Paris já antes gravou em "Guilhermina". Oiçam a Lura, uma voz em suave combustão, a um só tempo doce e acre, dando-nos razões para viver. Uma voz que nos leva pela mão e nos adormece no regaço.

Lura – voz e tchabeta | Toy Vieira – piano | Aurélio – guitarra | Jair – percussão | Cau Paris – bateria | Lúcio Vieira – baixo

 

 

 

Lindo!

"Atenção em vez de eficiencia, fluxo suave em vez de velocidade"

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Muito bem!! sabes quanto é a entrada mano?

é mesmo à lá PAla! :lol:

"Atenção em vez de eficiencia, fluxo suave em vez de velocidade"

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This post has not been edited by white.dove

Se não houver frutos, valeu pela beleza das flores. Se não houver flores, valeu pela sombra das folhas. Se não houver sombra, valeu pela intenção da semente.

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Tenho a ligeira sensação de q poucos gostam de àfrica... :diabo:

"Vive tudo o que puderes; é um erro não o fazeres. Não interessa tanto o que faças em particular, desde que tenhas a tua vida. Se não a tiveste, então o que tiveste? ... O que se perdeu, perdido está, podes ter a certeza... A altura certa é qualquer altura que tenhas a sorte de ainda ter... Vive!"

 

Henry James

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