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MAIA

Elastik
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Everything posted by MAIA

  1. K ? lol para quimicos tão "quimicos" prefiro oxido nitroso Hippy crack !!!
  2. Hmmm ... meu favorito no que toca a usar como recreativas. No entanto, não podes comparar assim tão facilmente com a mescalina. Uma trip "a sério" com mescalina requer um sitter com conhecimento de facto, desta forma podes tirar o máximo partido da experiência e seres levado, aliviado e confortado numa busca pelo auto conhecimento. Usado de forma recreativa e soft pode ser giro, mas a experiência fica algo banalizada na minha opinião. Não me levem a mal, mas custa-me desperdiçar tamanha ferramenta de esclarecimento. A mescalina purga a alma assim como o corpo, e o afterglow é imenso ...
  3. Não te preocupes muito com estes dados. Eles implicam a primeira história registada sobre o assunto e não mais que isso. Portanto, é bem possivel que tenha sido utilizada muito antes mas o seu uso não foi registado. Tipo... como o ar que respiras já existia antes de se saber o que respiravas.
  4. É capaz de ser mas de pouca qualidade. Talvez uma espécie de macrolepiota com um chapeu deformado . No que toca a alucinogenicos e penis, existe uma raça de cubensis muito engraçada chamada "penis envy" ou "inveja de penis" Vão até o meu shroomery.org se quiserem saber mais
  5. Drogas e trance ? Uma ferramenta para sentir uma outra realidade do sôm. Liberdade criadora de mais consciência para a tua mente e corpo. Nós somos o que consumimos... seja qual for o sentido usado. Basta dar sentido ao que consumimos para dar sentido ao que somos. Por favor, uso e responsabilidade. Pelo menos esse é o meu sentido.
  6. Se o problema para o prof. Marcelo é a responsabilização social - pelo menos é o que aparenta nesta mistificação fonética liberalização/despenalização - então ele que não se preocupe, pois se uma mulher fizer um aborto, ela será responsabilizada independentemente da lei em vigor. Posso dar um exemplo simples: Imaginemos uma família com filhos. Se a mulher puser os cornos ao marido e o casamento acabar, essa mulher irá sofrer as consequências socias/comunitárias sobre tal facto, embora não haja nenhuma lei escrita quanto a pôr os cornos ao marido. Do mesmo modo, se uma mulher for "ali ao lado" fazer um aborto, ela não irá a tribunal. No entanto, ela será responsabilizada pelo acto que fez. As concequências dessa responsabilização são evidentes, independentemnete dela ser censurada ou não pela comunidade. Embora, a responsabilização social é parte objectiva e estrutural do sistema judicial, ele - o sistema judicial - não é contudo, um factor estritamente necessário para a existencia dessa mesma responsabilização.
  7. também tenho essa ideia. Semrpe ouvi dizer que alguns deles chegam a um certa idade e por motivos geneticos, há um osso proximo do cerebro que cresce e o faz ter comportamentos agressivos, chegando a voltarem-se ao proprio dono. Pela sua genetica grande parte deles são abatidos quando chegam a essa idade É verdade. Parece ser graças aos genes do pincher (uma raça mesmo pequena que faz parte da mistura do que faz um doberman), que os doberman com alguma idade podem "enlouquecer" devido à crescente pressão craniana. O ser humano criou e apurou esta raça, no entanto ela sofre deste malfadado defeito genético.
  8. Eu escolheria uma mistura desta duas opções: *Uma genética propícia a um comportamento agressivo? Ex: Staffordshire American Bulterrier *Falta de educação e/ou comportamento negligente do dono? É claro que "Uma educação direccionada para esse fim?" em conjunto com a primeira opção também seria uma das razões. No entanto, se estivermos a avaliar os casos puramente accidentais, seria a soma das razões que defeni em primeiro lugar uma conclusão legítima no que toca a grande parte destes casos. É da minha opinião que quem quisesse ter um cão de uma raça geneticamente apelidada como "agressiva", deveria passar por um curso com uma avaliação que lhe permitisse obter uma licença. Sem tal licença seria ilegal a posse do animal, diminuindo assim os casos accidentais por neglicência ou irresponsabilidade. Claro que isto por si só não resolveria a situação, mas faria com que as pessoas ficassem com uma ideia de mais responsabilidade no que toca à posse destes animais.
  9. Lol, essa é boa avozinha Hmmm, isso não tornaria ainda mais dificil a compreensão do que eu escrevo ? Lol, uma argumentação lógica leva a estas coisas, faz parte de uma estrutura algo rígida com o intuito de não haver falhas da linha de raciocínio. Se estivesse a escrever sem argumentar, certamente usaría uma maior variedade de palavras. Já agora, não te assutes com o latim - mais ! Esquece-o - eu tive o cuidado de explicar o que significa cada um daqueles "palavrões". Quem não percebeu o que eu escrevi, por favor DIGA ! Que eu explico por muidos ... vamos lá ver quem levanta a mão ... MAIA
  10. Fica mal ! Lol . Queres uma linguagem mais coloquial ? Tou-me pouco cagando se fica mal ou não Mas qual é o teu problema com o que eu escrevo ? Algum complexo de inferioridade ou algo parecido ? Eu não tenho culpa de escrever como escrevo, eu não tenho culpa de saber articular o que penso e expô-lo da maneira que exponho. Quando alguem ataca o argumento de outra pessoa, é bom que se saiba como contra argumentar de uma forma lógica e gramaticalmente explicita, só ajuda a chegar à verdade em vez de andar em circulos com conceitos preconcebidos e dados como certos, questiona-te ! Se não consegues fazê-lo, devias pensar no que estás a dizer antes de o dizer e não cair em argumentos falaciosos, que não são mais do que vendas nos olhos daqueles que querem ver. Em vez de me criticar por me tentar fazer explicar correctamente, porque não criticas os ataques pessoais que me foram dirigidos ? Esses sim não te levarão a lado nenhum no que toca ao assunto do aborto, pois não ? Talvez deveriamos continuar a dizer que o partido contrário não tem razão, porque simplesmente não tem razão e mandam droga ou são muito espertinhos. Isso sim parece ser importante e lógico para ti. MAIA
  11. Lol ! O teu argumento implica que quem acredita primeiramente em valores como a liberdade de escolha e a auto afirmação do corpo, em suma quem votar no "sim", então não é a favor da vida. Esta falácia é chamada Non Sequitur, ou seja um argumento onde a conclusão deriva das premissas sem qualquer conexão lógica. Exemplo: Há pessoas que de facto votarão "sim" e no entanto são contra o aborto. Porquê ? - e aí encontra-se mais uma falácia de quem argumenta no "não": Dicto Simpliciter ou generalização absoluta, ou seja, quando uma regra geral é aplicada a uma situação em particular, mas as características da situação tornam a regra inaplicável. Isto quer dizer que a tua premissa falha no objectivo de se adequar à situação em particular, neste caso de quem vota "sim", pois acontece que a situação não reside na premissa de se impedir ou não o aborto - ele continuará a existir mesmo que o "não" ganhe - mas na premissa de criar uma possibilidade em que existe um enquadramento legal mais amplo para que ele, o aborto, possa ser feito. Para alem destas duas falácias poderiamos incluir ad Misericordiam ou apelo à piedade, que embora seja usado pelos partidários do "sim" e do "não", ele reflecte-se no "não" como um argumento base baseado numa premissa abstarcta: "apelo à vida"; enquanto no "sim" ele assume uma premissa objecetiva e real : mulheres submentidas à prisão e à exclusão social. Relativamente ao negrito, ela altera o real significado da questão atraves de uma enfatização de diferentes partes da afirmação. Como foi provado no primeiro parágrafo, a real questão não é sobre o valor da vida, mas sim sobre ampliar o enquadramento legal sobre o aborto. Por favor, diz-me onde escrevi que tu dizes mentiras. Mas se o carapuço te serve, isso é uma história diferente ... Relativamente a esta questão, eu provei a tua falácia: Dicto Simpliciter. Pelo contrário, para ti, provar o contrário resume-se a afirmar o contrário. Como tu o dirias: "mas não te justificaste. Consegues?" . Já agora não desço tão baixo para entrar em acusações de carácter pessoal (ad hominem, mais uma falácia, continuas a somar pontos lol). Quanto ao "falar caro", lol, mais uma falácia, desta vez tem um nome giro, chama-se "Olha o avião" e implica introduzir material irrelevante na discussão, só serve para fugir ao assunto e destroi qualquer objectividade no que pode a vir ser concluido. Muito bem ! Razoavel ... Embora a ideia de evolução cultural exposta ser quase multilinear, ela falha em acentuar a ideia de que o desenvolvimeto de uma cultura é feito de uma forma simples para uma mais complexa, mas através de um processo continuo. No meu entender e nesta situação, é indiferente expor-lo multi ou unilinearmente pois existem relações intrinsecas e mais complexas do que simples poética. Fracos e falaciosos arguementos são meio caminho andado para produzir confusão e decisões mal tomadas. Provavelmente só te andas a enganar a ti próprio, mas acho que isso não é importante para a discussão. Esquecendo mais outro ataque pessoal, eu não quero dar a volta a ninguem. No entanto, quero que as pessoas em geral, e não algumas pessoas em particular, tenham a possibilidade de rever a sua posição através de argumentos claros e não de desvios que só causam confusão. Para o mês que vem, vamos votar e acabar com esta vergonha nacional de uma vez por todas ! MAIA
  12. Eu vou fazer de conta que não li isto ... mas se calhar não consigo ... ia são um monte p***s e só merecem o pior. Palavras para quê ? Lê e aprende sra informada http://www.guttmacher.org/media/nr/2003/01/15/nr_011003.html Pois isto: "Eu estou-me nas tintas para as mulheres que fazem abortos clandestinos em más condições, se não queriam, que não tivessem feito!" é realmente uma coisa muito boa que devemos proteger a todo custo e não se torne num "Preocupo-me com as mulheres que têm de se submeter a um aborto clandestino porque não tem outra hipotese de ter uma vida digna", o que é uma coisa muito, muito má Pelos vistos o mundo também precisa de pessoas destas para girar em torno do sol, vá-se lá perceber ... MAIA
  13. Exactamente TR4D3R. Leio posts de membros que dizem estar bem informados, no entanto o que tenho visto é muita parra e pouca uva daqueles que apoiam o "não". Eu relamente não entendo qual é essa informação maravilhosa que me está a escapar: quer dizer, já passei "de facto" pela experiência de ser pai numa situação em que poderia ter escolhido o aborto e não o fiz; tenho lido e aprendido o aspecto cientifico sobre assunto; tenho visto os mesmos telejornais com as mesmas mulheres a serem presas e a receberem penas com mais anos que homicidas; tenho discutido o assunto com apoiantes do "não" e o que me parece é que a maioria destas pessoas têm poucos argumentos válidos, ou porque são católico-religiosas e o padre não deixa ou porque não têm suficientes estudos e não conseguem formar uma opinião fundamentada ou porque acreditam que existe um sistema sobrenatural que as vai castigar; e no entanto estas pessoas dizem-se informadas e acusam os outros de não o ser. Lol ! A igreja não se manifesta ? Claro, eles nem são os maiores dinamizadores da campanha do "não" . Mas claro, para contra argumentar dizem que quem usa o argumento da igreja é um revoltado contra ela. Lol, belo contra argumento e mais uma falácia !!! Depois dizem que estão bem informados, só se for nos obscuros mistérios das escrituras. MAIA
  14. Não tinha reparado bem nesta ... Quer dizer que não se pode avaliar as condições da mãe e decidir sobre o futuro da criança, mas já se pode decidir sobre o futuro da mãe mesmo sem avaliar as condições em que um filho não desejado vai nascer. É bom que as pessoas percebam que a justiça para funcionar, tem que o fazer nos dois sentidos. É exactamente por existir mentalidades como a tua em vigencia, que falha em vêr ou aceitar este princípio, que as mulheres fazem abortos clandestinos todos os dias. MAIA
  15. E os filhos, são o quê ? Da ultima vez que li sobre o assunto, são precisos um homem e uma mulher - ou pelo menos, parte deles - para inicar o processo. Os filhos são criados e manipulados pelos pais até um certo ponto. Verdade ou mentira ? MAIA
  16. Não, não me incluo e tambem preferia viver na m*rda antes de matar. Mas já pensaste na quantidade de pessoas que roubam e matam porque nasceram na indiferença da pobreza ? Tudo depende da nossa capacidade de compreender quando começa a vida e portanto quando o feto passa a ter uma existência juridica. Se pusermos moralismos à parte, veremos que a ciência - que acho que por enquanto é a única ferramenta realmente objectiva para ajudar a resolver este paradigma - nos diz que até uma certa altura, o que está a ser criado não é mais do que uma amalgama de células sem consciência própria e incapaz de sentir o quer que seja. Baseado nestes factos ciêntificos, abortar até às 10 semanas parece ser um limite seguro e legítimo, portanto não seria matar, pois para matar algo, esse algo tem que estar vivo em primeiro lugar. MAIA
  17. Se não apoiasses a tua opinião quem apoiaria ? É claro que o "não" tem os seus argumentos, mas na minha opinião esses argumentos não são suficientes ou não se sobrepõem aos argumentos do "sim". No entanto, acho que muitos do argumentos do "não" são repetidamente falaciosos. Vejamos, senso comum ? Senso comum também não é infalivel, senso comum não é verdade escrita em pedra e por muitas vezes o resultado de exercê-lo não é positivo, portanto não é argumentativo para justificar o quer que seja. Direitos naturais ? Se for grande e mau - a natureza fez-me assim - é meu direito natural mandar nos mais fracos ? Acho que não. Mesmo assim acho que o direito à vida deve ser protegido, mas não de uma forma em que os envolvidos sejam grandemente penalizados. Quero dizer com isto que também devemos proteger a vida dessas pessoas: O que é da vida da mãe solteira e sem condições ? O que é da vida dos pais adolescentes que não terão uma experiência neste mundo com a mesma liberdade e vontade que outros ? Será que o direito que essas pessoas têm é a uma vida de problemas, angústia, sofrimento e exclusão, ou seja uma "menos vida" ? Quem sou eu ou tu para ditar o destino e o sofrimento das pessoas ? Dizer "sim" significa dar uma oportunidade de escolher, não significa que agora todas a mulheres vão fazer abortos. O aborto nem sempre se fez ? O quê ? No que toca a controlar as leis naturais da vida: isto faz parte na natureza humana. Se nunca o tivessemos feito, ainda estariamos na idade média. Se nunca o tivessemos feito, centenas de espécies de animais já teriam desaparecido para além, claro, das que já fizemos desaparecer. Se nunca o tivessemos feito, não poderiamos controlar as doenças e morreriamos "naturalmente". São inumeros os exemplos, é uma questão de qual prisma os analisas. É claro que qualquer conceito estrutural é na sua fonte dualista, permitindo o bem e o mal como resultado da sua função. No entanto é claro que o Homem tira benefícios em controlar as leis naturais da vida. A sério ? Olha que eu acho que sim. Principalmente aqueles que tem direito a uma "menos vida", aqueles que matam e roubam para tentar subir nela por necessidade. Definitivamente, não deves viver no mesmo planeta que eu. Isto é tudo muito bonito minha gente, pensamos que somos todos muito Zen e perto do esclarecimento, mas na verdade não passamos de seres humanos que na essência tenta controlar a sua realidade de uma forma ou de outra. Podemos fazer apelos à vida, mas sabemos como ela é realmente fora dos nossos 5 sentidos ? Podemos entender o sofrimento de quem sente, e a partir daí trabalhar para o eliminar, mas como poderemos alguma vez entender a existência de alguem que nem sabe que existe, fazê-lo existir e condená-lo à adversidade e ao sofrimento ? MAIA
  18. Eu certamente não sou um puto, além disso não é uma questão de revolta, mas é facto que a igreja católica detem grande parte da responsabilidade no que toca a esta "pseudo moralidade" sobre a questão do aborto. A igreja é parte estruturante da nossa sociedade seja tanto para o bem como para o mal. Fora de qualquer opinião pessoal e acente nestes factos, é natural usar a igreja como exemplo de uma entidade cada vez mais desfazada dos problemas reais e das concequências que daí advem. Daí que realmente a igreja influencia decisões sobre aquilo que chamas "responsabilidade de cada pessoa de preservar essas vidas!!!" ou não... Em resumo, a igreja católica através das várias congregações e especificamente no contacto com a população, revindica mais uma vez o uso do extremismo, eliminando - mais uma vez - a questão da liberdade de escolha da equação, em deterimento de mais perseguição, punição e exclusão social daqueles que procuram exercer devido direito sobre os seu próprio corpo. A igreja certamente não é conhecida por dar razão a factos cientificos ou lógicos, mas é certamente conhecida por politizar várias questões socias em favor dos seus próprios dogmas e justificações religiosas. Concordo plenamente com a morgaine no que toca à verdadeira questão sobre o aborto. O referendo não é uma pergunta sobre se concordamos ou não com o aborto, mas sim se concordamos com que haja escolha no que toca a fazer um ou não. De facto acho que todos temos amor pela vida e certamente fazer um aborto não é uma coisa boa para nenhuma mulher, mas se de facto valorizamos a vida, devemos fazê-lo no seu todo deixando de lado pseudo moralismos que, devido à sua natureza, não serve senão para obfuscar a verdadeira questão do que é vida e de como deve ser protegida. Ouve-se falar em criar condições para que as mulheres não engravidem irresponsávelmente, como também uma melhor assistencia social e melhor proteção para as mães mais desfavorecidas. No entanto a realidade não é essa, e devido à condição económica do nosso país, torna-se indispensável fazer com que mais pessoas não caiam nas mãos da desgraça. O que me toca mais é que desde o último referendo em que o "não" ganhou, eu não vi os mesmos partidários desse mesmo "não" lutarem com a mesma força por mais educação sexual nas escolas e por mais planeamento familiar. Onde é que eles estão ? É bonito acabar uma campanha vitoriosa como o Sr. Paulo Portas o fez e depois simplesmente dizer não à educação sexual nas escolas ou cortar ainda mais verbas para o sistema de saúde no nosso país. É essa hipocrisia que tem que acabar de uma vez por todas, somos nós os responsaveis mais uma vez, vamos ver se não lixamos tudo outra vez e ficamos a olhar para o nosso umbigo por uns quantos anos. MAIA
  19. O teu argumento é simplesmente falacioso, como a maioria dos partidários do "não". Pegando na tua frase a negrito (que por si já cai na falácia de acentuar um argumento), a verdade é o que tu chamas de "valor da vida", não é mais do que desviar a atenção do arguemto principal (mais uma falácia): A liberdade de poder escolher fazer um aborto. Não é verdade que as mulheres que querem abortar irão fazê-lo independentemente de qualquer mudança da lei ? Mais, se isto é uma questão de consciência, como tem vindo a ser debatido, quem não quiser abortar simplesmente escolherá não abortar. Se queres um exemplo de vida, dou-te o meu. Eu tenho uma filha com 10 anos, fui pai quando tinha 21. Escolhemos não ir pela via do aborto, mas escolhemos ! Tivemos e temos as nossas dificuldades, imagino que a maioria de vocês não tem que se preocupar com os custos de criar uma criança. Se tivessem, talvez não falariam da mesma maneira. Os nossos pais tinham possibilidades de nos ajudar e assim o fizeram, no entanto puseram-nos à vontade quanto à questão do aborto. Só de imaginar a quantidade de casais jovens, ou casais pobres sem condições de criar uma criança, dá-me uma volta à barriga vêr pessoas trazer os mais mirabulantes e subjectivos argumentos que ajudam com a situação não seja resolvida em favor de uma escolha consciente. Se estiveres atento ao resto da civilização ocidental e em particular à Europa, verás que Portugal é dos últimos países a aderir à legalização do aborto. Será que os restantes países da Europa não dão valor à vida como tu queres fazer parecer ? Claro que dão ! Dão, porque a questão não se põem nesses termos extremistas. Dão, porque a questão é muito mais complexa, psicologica e socialmente. Dão, porque um ser humano adulto deve poder escolher o que quer fazer com o seu corpo independentemente de condicionantes de caracter moral e religioso, que são não mais do que correntes ligadas ao milénio passado e ao que de ignorante o caracterizaram. Esqueces-te que a sociedade não é algo estático, algo que fica parado no tempo. A sociedade portuguesa tem vindo a evoluir como consciência comum depois da liberdade conseguida no 25 de Abril. Antes sim eramos socialmente quase estáticos, mas agora, temos o destino nas nossas mãos. Este argumento teu é mais uma falácia, pois ele baseia-se numa suposição sem relação directa. Para saberes o que a sociedade pensa, espera pelo resultado do referendo. Se o sim ganhar, espero que aceites que fazer um aborto não será mais uma coisa "má" aos olhos da sociedade. Talvez não deixem de existir, talves deixem, suposições e mais suposições = mais falácia. Parece que os argumentistas do "não" não se cansam de prometer o apocalipse caso o "sim" ganhe. É esta tentativa de usar o medo e o preconceito moral ou religioso como arma contra o "sim" que me dá voltas à barriga. Dar valor à vida não é impedir abortos, dar valor à vida é olhar para ela de frente todos os dias e saber que temos que lutar por ela consciente, independente e inteligentemente. Se isso significa dizer "sim" ou "não" ao aborto é indiferente, desde que seja por consciencia e não por preconceito. E acima de tudo respeitar as decisões dos outros e não tentar impor a nossa. MAIA