Suspeita de corrupção envolve árbitro e dirigente.
Depois do grosso "dossier" Apito Dourado e seu surpreendente arquivamento, qualquer assunto semelhante é pura brincadeira. A mais recente história com contornos afins é esta que está agora na berra, com um vice-presidente do Sporting constituído arguido por suposto envolvimento num caso de alegado suborno a um árbitro assistente, antes de um jogo em que o seu clube era parte interessada. Concretamente, o Sporting-Marítimo para a Taça de Portugal.
Mas, ao contrário do que habitualmente sucede nestas situações de fruta em numerário, se ao futebol nos cingirmos naturalmente, o frete, orçado em modestos dois mil euros, não chegou a ser levado a cabo, uma vez que uma denúncia anónima alertou, em devido tempo, a Direcção do Sporting, que, por seu turno, informou a Federação, a qual foi rápida a tomar a decisão que se impunha, substituindo o tal assistente.
Com o elemento potencialmente perturbador excluído, a verdade desportiva no jogo em questão ficou assim salvaguardada (ficou mesmo?), embora a tentativa de suborno que se verificou - independentemente dos objectivos em vista terem sido ou não alcançados - não possa ser ignorada. Mas daí a toda esta repentina excitação, vai um passo.
O curioso de todo este relambório é que o jogo foi disputado em 22 de Dezembro, vai fazer portanto quatro meses, e só agora é que o caso veio à luz do dia, já que também só agora, como foi noticiado, é que a Polícia Judiciária iniciou as respectivas investigações. O que não deixa de ser estranho, sabendo-se que clube e FPF já desde aquela data tinham conhecimento do assunto.
Gato escondido com o rabo de fora? Para evitar as habituais especulações, o melhor será aguardar pelos próximos desenvolvimentos. Isto admitindo que a coisa se desenvolva...