O primeiro a analisar os limites dos crepúsculos de forma rigorosa e quantificada foi Pedro Nunes (1502-1578). Verificou que o movimento (aparente) do Sol não é sempre o mesmo e que isso acarretava crepúsculos de duração diferente, variando com a latitude do local e com o dia do ano.
1656 - Christian Huygens inventou o relógio de pêndulo.
Cerca de 1760 - começaram a ser construídos os primeiros relógios de bolso de precisão. A vida começou a ser regulada pelo relógio mecânico e começou a dar-se outro valor ao tempo.
Benjamin Franklin (1706-1790) escreveu um artigo humorístico para o «Journal de Paris em 26 de Abril de 1784 (quando já tinha 78 anos) com o título «Um projecto económico». Franklin queixa-se de os parisienses se levantarem tarde, já pelo meio dia. Ironicamente, assegura aos leitores que o Sol se levanta muito mais cedo, diz tê-lo visto com os seus próprios olhos... Sugere que a hora mude e que no Verão a vida comece 60 minutos mais cedo. Faz algumas contas e diz que Paris poderá assim poupar anualmente 32 mil toneladas de cera de vela.
1907 - William Willett propõs a mudança de hora no seu panfleto "Waste of Daylight", mas não conseguiu a adopção da medida pelo governo britânico.
1912 - Portugal aderiu ao regime legal de fusos horários.
Foi preciso a Grande Guerra para os Estados sentirem a necessidade premente de poupar energia. Em 30 de Abril de 1916, a Alemanha e a Áustria mudaram a sua hora legal, introduzindo a «hora de Verão». Três semanas depois, em 21 de Maio, outros países europeus seguiram o exemplo, entre os quais Portugal. Em 1917 foi a vez da Austrália e Nova Zelândia, e em 1918 dos Estados Unidos. Hoje, mais de 70 países aderiram ao regime de mudança de hora.
A mudança de hora foi sempre impopular, tendo havido ao longo do tempo avanços e recuos na sua implementação.