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Os Dramas de Estimação...


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Todos nós, seres humanos, temos ou tivemos dramas de estimação, doenças de estimação, estratégias de fuga e mecanismos de controlo e manipulação.

São os ditos jogos que nos entusiasmam e dão cor e sabor à vida, tornando-a excitante, ainda que um tanto sofrida.

 

Em primeiro lugar é preciso manter a perspectiva ampla de que por mais dolorosa que seja, uma experiência é sempre isso mesmo: uma experiência. E todas as experiências têm um propósito principal, logo, todas trazem sabedoria de volta ao criador da experiência: eu, tu, todos nós seres humanos. Mas como essas experiências são muitas vezes, ou melhor, a maior parte das vezes, criadas inconscientemente, fruto dos nossos condicionamentos, das nossas aprendizagens limitadas e crenças tendenciosas, nem nos damos conta de que as criámos, muito menos do seu propósito.

 

Gostamos de viver na ideia fugaz de que a vida acontece ao acaso e que há sempre algo externo a nós que a faz acontecer. É uma quimera infantil que criámos para nos protegermos da nossa grandeza como criadores e para podermos experienciar todo o tipo de cores na vida, pois se tivéssemos plena consciência de todas elas, não criaríamos metade (ou mais) por medo de sofrer, e assim ficaríamos ainda mais limitados do que escolhemos ser.

 

Mas como a vida na Terra é profundamente sedutora, não importa a qualidade dessa sedução, o que importa é a excitação de senti-la. Como escolhemos mergulhar na escuridão do esquecimento de quem realmente somos há muito muito tempo atrás, acabámos por ficar enrolados na nossa própria criação e muitas vezes assola-nos essa sensação de estarmos perdidos, sem saber donde viemos, para onde vamos e o que andamos cá a fazer. E tal como um alcoólico se afoga nos delírios do seu elixir uma e outra vez, sempre para só mais uma vez, e o toxicodependente não resiste a voar na alienação da sua droga só mais uma vez, e o assaltante não resiste a montar uma estratégia brilhante de assalto e fuga, só mais uma vez....assim nós não conseguimos sair desse carrocel do drama só mais uma vez, por temer que sem ele tudo seja simples demais, sereno de mais, monótono e entediante.

 

E fugimos uma e outra vez de aterrar nas nossas vidas e olhar em volta para podermos tomar consciência do que realmente queremos, quem realmente somos e o que realmente andamos a criar para nós. Assim também criamos uma e outra doença que nos mantêm em desequilíbrio permanente, com medo que esse monstro nos domine e engula, sem sabermos donde vem a força e a sabedoria que expele a dita doença, dependendo sempre de algo ou alguém externo para nos salvar. Vivemos atordoados com a droga da vítima, que nada mais faz senão manipular todos a darem-lhe atenção, carinho, conforto, reconhecimento e poder. Não o poder real do ser soberano que cada um é, o poder real que não necessita de controlar ou comandar nada nem ninguém, apenas reconhecendo o seu próprio esplendor, simples em si próprio, que se nutre e preenche desde dentro e que não necessita de roubar atenção a ninguém. Criamos essas estratégias para ter o poder sobre o outro, sobre as circunstâncias, para dominar, esquartejar e compartimentar a vida no sonho ilusório da segurança de ter tudo sob controlo.

 

Para quem não quer ver e entender que o único motivo porque continua a criar os mesmos dramas é porque ainda não olhou bem para eles, ainda não assumiu a responsabilidade pela sua criação e ainda nem sabe bem se quer mesmo viver sem eles, este texto pode ser um tanto confuso e até impossível de encaixar. Nada disso importa, o que importa mesmo é parar, respirar fundo e veres quem comanda a tua vida? Tu ou os teus dramas?

Que resistências crias à mudança?

 

E atenção, todos os dramas, todas as doenças, todas as estratégias de fuga e manipulação criam experiência, logo, criam sabedoria. Resta saber escolher quando o bastante é o bastante. Quando souberes realmente dizer: “Já chega.” E quiseres realmente perceber os teus jogos, largar alguns, criar talvez outros...seja o que for...só quando quiseres isso tanto tanto que já não podes viver mais sem dar esse passo, só nessa altura será fácil fazer a transição para outras escolhas. Simples é. Sempre foi e sempre será. O único complicómetro somos nós próprios.

Com Amor

Tânia Castilho

"Advirto-te, quem quer que sejas.

Oh tu! que desejas sondar os Mistérios da Natureza,

que se não encontras dentro de ti mesmo aquilo que procuras,

tampouco o poderás encontrar fora.

Se tu ignoras as excelências da tua própria casa,

como pretendes encontrar outras excelências?

Em ti se encontra oculto o tesouro dos tesouros.

Oh, Homem! conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses."

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