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Morreu João Aguardela


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È urgente compreender a fundo e em todos os terrenos da mente o que realmente é a Morte em si mesma, só assim é possível realmente entender, de forma íntegra, o que é a Imortalidade.

 

Ver o corpo humano de um ser querido metido no ataúde não significa haver compreendido o Mistério da Morte.

 

A Verdade é o desconhecido de momento em momento. A Verdade sobre a morte não pode ser uma excepção.

 

O Eu quer sempre, como é natural, um seguro de morte, uma garantia suplementar, alguma autoridade que se encarregue de assegurar-nos uma boa posição e qualquer tipo de imortalidade, além do sepulcro aterrador.

 

O Mim Mesmo não tem vontade de morrer. O Eu quer continuar. O Eu tem muito Medo da Morte.

 

A Verdade não é questão de crer nem de duvidar. A Verdade nada tem a ver com a credulidade, nem com o cepticismo. A Verdade não é questão de idéias, teorias, opiniões, conceitos, preconceitos, supostos prejuízos, afirmações, negociações, etc. A Verdade sobre o Mistério da Morte não é uma excepção.

 

A Verdade sobre o Mistério da Morte só pode ser conhecida através da Experiência Directa.

 

Resulta impossível comunicar a experiência real da Morte a quem não a conhece.

 

Qualquer poeta pode escrever belos livros de Amor, mas é impossível comunicar a Verdade sobre o Amor a pessoas que jamais o experimentaram; de forma semelhante, dizemos que é impossível comunicar a verdade sobre a morte a pessoas que não a vivenciaram.

 

Quem quiser saber a Verdade sobre a Morte deve indagar, experimentar por si mesmo, procurar, como é devido; só assim, podemos descobrir a profunda significação da Morte.

 

 

A observação e a experiência de muitos anos nos permitiu compreender que não interessa às pessoas compreender realmente o fundo significado da Morte; o que realmente interessa às pessoas é continuar no além, e isso é tudo.

 

Muitas pessoas desejam continuar mediante os bens materiais, o prestígio, a família, as crenças, as idéias, os filhos, etc. e quando compreendem que qualquer tipo de continuidade Psicológica é vão, passageiro, efêmero, instável, então, sentindo-se sem garantias, inseguros, espantam-se, horrorizam-se, enchem-se de infinito terror.

 

As pobres pessoas não querem compreender, não querem entender que tudo o que continua desenvolve-se no Tempo..

 

As pobres pessoas não querem compreender que tudo o que continua decai com o tempo..

 

As pobres pessoas não querem compreender, não querem entender que tudo o que continua torna-se mecanicista, rotineiro, aborrecedor..

 

É urgente, é necessário, é indispensável fazer-nos plenamente conscientes do profundo significado da morte; só assim desaparece o temor a deixar de existir.

 

Observando cuidadosamente a humanidade, podemos verificar que a mente acha-se sempre engarrafada no conhecido e quer que isso que é conhecido continue além do sepulcro.

 

A mente engarrafada no conhecido jamais poderá experimentar o Desconhecido, o Real, o Verdadeiro.

 

Só rompendo a garrafa do Tempo, mediante a Correcta Meditação, podemos experimentar o ETERNO, o ATEMPORAL, o REAL.

 

Quem deseja continuar teme a Morte e suas crenças e teorias só lhes servem de narcótico.

 

A Morte, em si mesma, nada tem de aterrador, é algo muito bonito, sublime, inefável; mas a Mente engarrafada no conhecido só se move dentro do círculo vicioso que vai da credulidade ao cepticismo.

 

Quando realmente nos fazemos plenamente conscientes do fundo e profundo significado da morte, descobrimos então, por nós mesmos, mediante a experiência directa, que a Vida e a Morte constituem um todo íntegro, unitotal.

 

A morte é o deposito da Vida. O sendeiro da Vida está formado com as pegadas dos cascos da Morte.

 

A vida é Energia determinada e determinadora. Desde o nascimento até a morte, fluem dentro do organismo humano distintos tipos de energia.

 

 

O único tipo de energia que o organismo humano não pode resistir é o RAIO DE LA MORTE. Este raio possui uma voltagem eléctrica demasiado elevada. O organismo humano não pode resistir a semelhante voltagem.

 

Assim como um raio pode despedaçar uma árvore, assim também o Raio da Morte, ao fluir pelo organismo humano, destrói-o inevitavelmente.

 

O Raio da Morte conecta o Fenômeno Morte com o Fenômeno Nascimento.

 

O Raio da Morte origina tensões elétricas muito íntimas e certa nota chave que tem o poder determinante de combinar os genes dentro do ovo fecundo.

 

 

O Ego, o Eu Energético, continua em nossos descendentes, desgraçadamente.

 

O que é a Verdade sobre a Morte, o que é o intervalo entre Morte e Concepção é algo que não pertence ao Tempo e só mediante a Ciência da Meditação podemos experimentar.

 

Os professores e professoras de escolas, colégios e universidades, devem ensinar a seus alunos e alunas, o caminho que conduz à experiência do Real, do Verdadeiro.

 

Samael Aun Weor, Capítulo XXIX- A morte, Educação Fundamental

 

http://images.google.pt/imgres?imgurl=http...Dpt-PT%26sa%3DG

"Advirto-te, quem quer que sejas.

Oh tu! que desejas sondar os Mistérios da Natureza,

que se não encontras dentro de ti mesmo aquilo que procuras,

tampouco o poderás encontrar fora.

Se tu ignoras as excelências da tua própria casa,

como pretendes encontrar outras excelências?

Em ti se encontra oculto o tesouro dos tesouros.

Oh, Homem! conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses."

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Em 2006 "A Naifa" esteve na festa do Avante salvo erro no Auditório 1º de Maio. Não sabia que ele integrava a banda até hoje.

Ouvi-o e não sabia!!

Que descanse em paz!!

 

 

Resulta impossível comunicar a experiência real da Morte a quem não a conhece.

 

Também me parece. Quer por parte do emissor quer do receptor...

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Em 2006 "A Naifa" esteve na festa do Avante salvo erro no Auditório 1º de Maio. Não sabia que ele integrava a banda até hoje.

 

Tu e eu!

 

 

Faleceu ontem 18 de Janeiro de 2009 em Lisboa o músico João Aguardela, que faria 40 anos em Fevereiro. Vocalista, líder e fundador dos Sitiados, que fizeram enorme furor nos anos noventa, Aguardela foi também o mentor de projectos como Megafone (quatro discos de um trabalho muito pessoal, que cruza a recolha de música tradicional portuguesa com sonoridades electrónicas), Linha da Frente (formado por vocalistas de várias bandas nacionais interpretando textos de poetas portugueses) e A Naifa, o seu mais recente projecto com Luís Varatojo, com três álbuns editados e dezenas de concertos aclamados pela crítica e pelo público.

 

Criador com capacidades fora do comum, inovador, Aguardela soube antecipar tendênncias e lançar projectos esteticamente inéditos, sempre numa abordagem marcada pela defesa da língua e da cultura portuguesas.

 

Firme nas convicções, determinado nos objectivos , invulgar na forma de ser e estar na vida, desde sempre grangeou respeito e admiração no meio musical, ainda que nunca tivesse procurado o estrelato.

 

Vítima de cancro, morreu no Hospital da Luz, aos 39 anos. Deixa uma obra invejável e saudade à família e amigos. Como escreveu o João, «os dias sem ti/ são todos iguais/ são dias sem brilho/ são dias a mais».

 

 

in http://anaifa.blogspot.com/

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É verdade, é verdade...

 

Já tinha ouvido falar da morte, mas só agora, quando vi a foto é que associei...

 

Sitiados...

 

Que gajo lindo...

 

O Sr. e a sua Sr.ª (do acordeão se não me falha a memória)... Ambos muito bonitos e humildes do que tive oportunidade de partilhar... Lembro-e, lembro-me... agoara veio-me o Bar Oceâno à memória...

 

Fiquei em choque...

"In the absence of light, darkness will prevail..."

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Sim foi uma pena o falecimento deste grande artista e concerteza que a musica portuguesa ficou mais pobre, no entanto há sempre muita hipócrisia á volta da morte das pessoas... peço desculpa o comentário, mas ás vezes é preciso as pessoas morrerem para serem lembradas... é uma pena :closedeyes:

Frenetik Catrapower Style of Kinetic Motion Release!!!

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Sim foi uma pena o falecimento deste grande artista e concerteza que a musica portuguesa ficou mais pobre, no entanto há sempre muita hipócrisia á volta da morte das pessoas... peço desculpa o comentário, mas ás vezes é preciso as pessoas morrerem para serem lembradas... é uma pena :closedeyes:

 

O falecimento? Falling on grace....

Por acaso uma expressão que me ultrapassa... faleço em vida, constantemente. Mal de nós se a nossa morte significasse uma perda. Que visão tão restrita do estar.

 

Em vida contribuiram para a emancipação de um estar e em morte continuam a fazer parte de um ser, efectivamente. A minha memória o dita. O meu estar também.

 

Não me fodam...

 

A música portuguesa não ficou mais pobre. Esse é o comentário mais hipócrita que poderia porventura ser partilhado por estas bandas. Como se as dádivas fossem porpocionais ao tempo.

 

Como se a história e o estar tivessem prazo de expiração....

"In the absence of light, darkness will prevail..."

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A Naifa é um projecto interessante. Embora fado não seja definitivamente a minha cena. Mas eu gostava mesmo era da cena do gajo como front-man. Lembro-me de um grande concerto dos Sitiados no Alto do Moinho em 87 ou 88 com tudo aos pulos, de outro no Avante, em que mais uma vez contagiaram toda a gente. Aliás, Sitiados era banda de palco. Nos discos não se conseguia captar a energia que transmitiam ao vivo.

 

Toda a gente sabe cantarolar o "Esta vida de Marinheiro...", mas é, na minha opinião, o tema pior deles. Sitiados era muito mais que isso.

 

R.I.P.

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Lembro-me de um grande concerto dos Sitiados no Alto do Moinho em 87 ou 88 com tudo aos pulos, de outro no Avante, em que mais uma vez contagiaram toda a gente. Aliás, Sitiados era banda de palco. Nos discos não se conseguia captar a energia que transmitiam ao vivo.(...)

 

Não sei se é o mesmo de que falas, mas assisti a um concerto memorável deles no Avante (salvo erro em 1992) para mais de 100 mil pessoas(!!), no qual o Aguardela & Comp.ª fizeram literalmente o que quiseram do público: "Agora tudo de cócoras!"; "Agora só os homens!...agora as mulheres!"... :)

 

...

 

Cheguei a alimentar algumas esperanças de assistir ao seu projecto a solo (Megafone) no Sacred Fire do Boom 2008...os concertos eram descritos pelo próprio como "uma rave genuinamente portuguesa com sardinhas assadas e folclore"...

 

...

 

:( R.I.P.

...DiT DOLPHinTRANCE...

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Não sei se é o mesmo de que falas, mas assisti a um concerto memorável deles no Avante (salvo erro em 1992) para mais de 100 mil pessoas(!!), no qual o Aguardela & Comp.ª fizeram literalmente o que quiseram do público: "Agora tudo de cócoras!"; "Agora só os homens!...agora as mulheres!"... :)

 

Isso! :)

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Sim foi uma pena o falecimento deste grande artista e concerteza que a musica portuguesa ficou mais pobre, no entanto há sempre muita hipócrisia á volta da morte das pessoas... peço desculpa o comentário, mas ás vezes é preciso as pessoas morrerem para serem lembradas... é uma pena :closedeyes:

 

O falecimento? Falling on grace....

Por acaso uma expressão que me ultrapassa... faleço em vida, constantemente. Mal de nós se a nossa morte significasse uma perda. Que visão tão restrita do estar.

 

Em vida contribuiram para a emancipação de um estar e em morte continuam a fazer parte de um ser, efectivamente. A minha memória o dita. O meu estar também.

 

Não me fodam...

 

A música portuguesa não ficou mais pobre. Esse é o comentário mais hipócrita que poderia porventura ser partilhado por estas bandas. Como se as dádivas fossem porpocionais ao tempo.

 

Como se a história e o estar tivessem prazo de expiração....

 

Detsail "não me fodas tu"... quando digo que "a musica portuguesa ficou mais pobre" , é no sentido do João Aguardela não vai contribuir mais em vida para ela... o meu comentário de hipócrita não tem nada.

 

Não era um fã acérrimo, mas considerava-o um grande musico :)

 

Hipócrisia não é bem uma caracteristica minha ;)

Frenetik Catrapower Style of Kinetic Motion Release!!!

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A Naifa é um projecto interessante. Embora fado não seja definitivamente a minha cena. Mas eu gostava mesmo era da cena do gajo como front-man. Lembro-me de um grande concerto dos Sitiados no Alto do Moinho em 87 ou 88 com tudo aos pulos, de outro no Avante, em que mais uma vez contagiaram toda a gente. Aliás, Sitiados era banda de palco. Nos discos não se conseguia captar a energia que transmitiam ao vivo.

 

Toda a gente sabe cantarolar o "Esta vida de Marinheiro...", mas é, na minha opinião, o tema pior deles. Sitiados era muito mais que isso.

 

R.I.P.

 

Hehehe... :drinks: Acabou em corridinho....

"In the absence of light, darkness will prevail..."

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R.I.P

I guess part of me or a part of who I am, a part of what I do

Is being a warrior - a reluctant warrior, a reluctant struggler

But... I do it because I'm committed to life

We can't avoid it, we can't run away from it

Because to do that is to be... cowardice-

To do that is to be subservient... to devils, subservient to

Evil and so that the only way to live on this planet

With any human dignity at the moment is to struggle.

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