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Como (não) Nos Chega A Informação Sobre A Europa


moony
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Cruzei-me com este interessante artigo, que não é recente mas não deixa de ser actual.

 

Como (não) nos chega a informação sobre a Europa

Se quiser ligar para a União Europeia (UE), qual é o nº de telefone? Dúzias. Depende. A que Europa se refere? A que vem de Constantino, passando por Carlos Magno, ou a que envolveu o mundo em duas guerras sangrentas no último século, ou mesmo o modelo de valores sociais de democracia e pluralismo que se tornou num gigante económico, com450 milhões de pessoas e um quarto do produto interno mundial? Quer falar com a Comissão, o Conselho, o Parlamento ou...?

 

Para um cidadão europeu comum, descortinar estas diferenças é difícil, como mostram todos os eurobarómetros. Sabe-se que é qualquer coisa que existe, em princípio para o nosso bem, e move-se. Não se sabe bem para onde, mas move-se. O já muito falado défice democrático europeu é acima de tudo um défice de comunicação. Pensemos nos três elementos estruturantes desta equação: a política mediática da UE, a relação dos media com os assuntos europeus e as singularidades do caso português.

 

Comecemos pela forma como a UE comunica com os cidadãos e os jornalistas. Para os primeiros, a comunidade dispõe de “pontos de contacto” em todos os Estados-membros que fornecem informação directamente ao cidadão que ali se desloque, assim como o portal EUROPA na Internet, nas 20 línguas existentes desde o alargamento. O que representou um esforço digno de nota, sublinhe-se. No entanto, uma viagem ao infinito universo virtual da União deixa rapidamente à vista os dois principais problemas de que padece a sua política de comunicação: excesso de informação e (enorme) falta de clareza na sua apresentação. Basta ver o tamanho das listas de endereços que a documentação oficial exibe para adivinhar o calvário de quem se atreva a querer efectivamente comunicar.

 

Repare-se, ainda, na duplicação de “centros de informação” comunitários e nacionais, estes espalhados pelos vários ministérios, cada um com a sua avulsa designação (desde gabinetes de assuntos europeus, a direcções várias de relações internacionais), ou ainda, a falta de harmonização dos endereços electrónicos (URL’s) dos simples infopoints espalhados pelo país. O uso de URL’s complexos, um dos mais elementares erros a evitar nas boas práticas de produção de conteúdos para a web, tem a sua pièce de resistance na irónica morada de acesso aos documentos do Conselho: “http://eu.ue.int/pt/summ.htm, rubrica Transparência”! Em termos de comunicação com o cidadão este é o primeiro paradoxo: se tudo funciona tão bem por que é que a informação não chega às pessoas?

 

 

 

A Europa não se vende

 

A resposta leva-nos ao segundo aspecto da equação acima enunciada. Henrique Monteiro, subdirector do Expresso, resume assim: “Os portugueses ligam pouco aos media. Os media ligam pouco à Europa e, no conjunto, os portugueses não ligam quase nada aos assuntos europeus”. Primeiro: está criada a ideia de que o assunto é “chato”, difícil, complexo e não vende. Dá notícias sem alma ou polémica, ao contrário daquelas que o sistema comunicacional português se habituou a privilegiar, condicionado por uma alfabetização tardia e níveis de literacia precários que resultaram em índices de leitura baixíssimos, nomeadamente de jornais e numa clara hegemonia da televisão como meio de informação privilegiado. Mas que nivelou por baixo toda a informação, incrementando telejornais com doses maciças de crime, escândalos e futebol, chegando ao absurdo de passarem oito (oito!) anos sem programas de debate no prime-time de todas as televisões portuguesas. A tendência alastrou aos jornais, mesmo os chamados “de referência”. Ou seja, quem passou a definir alinhamentos e prioridades noticiosas foi essa entidade abstracta chamada “público”. Todas as teorias do gatekeeping ou agenda setting mostraram à exaustão a importância da agenda mediática como construção social da realidade. Mas, tendo deixado de ser as elites a decidir o que se publica, como sair deste ciclo vicioso do “dar ao público o que ele quer”?

 

Desembocamos aqui em todas as teses sobre a responsabilidade social dos media, actualíssimas de resto, mas ineficazes quanto a uma leitura realista do que se passa. O que se passa é que a informação e a comunicação são mercados. Jornais, rádios e televisões são bens privados e não escolas ou instituições de solidariedade social. Donde, têm forçosamente de gerar lucros pois disso depende a sua sobrevivência. No entanto, esta que deveria ser uma preocupação exclusiva dos administradores de empresas de media, deslocou-se perversamente para o coração da própria actividade jornalística, gerando uma auto censura prévia relativa a determinados assuntos, criando uma espécie de bolsa de “proibidos”, como os temas europeus. A isto acresce uma tradição de leitura quase exclusivamente económica da integração europeia.

 

Os primeiros correspondentes em Bruxelas e, nas redacções, os responsáveis pela sua cobertura eram jornalistas da área económica, pois foram também esses os primeiros caminhos trilhados pela União – que começou por ser CEE. Ela surge sempre como uma questão de défice, políticas de convergência financeiras, subsídios e pouco mais. Este vício de leitura conduziu, por outro lado, a uma estanhada ignorância dos assuntos europeus por parte dos jornalistas. João Ferreira, coordenador das manhãs da SIC Notícias e responsável pelo (notável) Euro-Respostas, uma co-produção SIC-UAL, é peremptório: “90% da minha redacção não sabe quem são os 24 eurodeputados portugueses e não faz a mínima ideia de como funciona a UE”. Ora, se é certo que os media não são vocacionados para ensinar, não é menos correcto que devem... aprender. Só assim servirão como descodificadores da realidade que é – sempre – complexa e multifacetada.

 

Graça Franco, sub directora da Rádio Renascença, apontou um exemplo lapidar: esteve anos sem perceber o exótico caudal informativo acerca do tamanho das jaulas para transporte de galinhas na União. Até ao surto das toxinas em frangos ter

 

assolado a Bélgica, alastrando rapidamente a outros países. Ou seja, os complexos processos de negociação no seio das instituições europeias têm mesmo de ser descodificados. Se tivermos em conta que, actualmente, 80% dos ordenamentos jurídicos nacionais provêm de instituições comunitárias, torna-se crucial saber como são tomadas tais decisões que, de facto, afectam a vida concreta dos cidadãos. Segurança alimentar, juros de habitação, emprego e circulação do conhecimento não são temas menores. E os media portugueses, sempre tão pressurosamente críticos em relação aos processos de decisão nacionais, são de uma complacência quase inocente em relação aos mesmos a nível europeu.

 

 

Portugueses gostam mas não sabem de quê

 

Por fim, a relação dos portugueses com a Europa apresenta traços de quase esquizofrenia. Os últimos eurobarómetros feitos antes das eleições de 13 de Junho (altura em que este texto é escrito), além de apontarem para uma alarmante abstenção, na casa dos 70%, indicam uma adesão afectiva e instrumental (têm mais confiança nas instituições europeias que nas nacionais e percebem a importância dos fundos estruturais), em paralelo com um quase total desconhecimento das realidades europeias. O facto de expressarmos opiniões absolutamente desqualifi cadas sobre o assunto prende-se, talvez, com o histórico da adesão. Foi desde o início uma decisão política que, visionariamente, se antecipou às necessidades dos cidadãos.

 

Ou seja, nunca partiu de uma vontade popular (Portugal foi dos raros países que não referendou a sua adesão), numa sociedade já de si com índices de participação cívica diminutos. A leviandade da classe política, alternadamente no poder e na oposição, também não ajuda. As eleições para o Parlamento Europeu (PE) são sistematicamente transformadas em actos “de segunda”, servindo para se digladiarem sobretudo políticas nacionais, apelando ao voto castigador interno, como se viu nesta campanha, “futebolizada” até ao mais baixo nível de argumentação. Perdem-se, assim, oportunidades únicas para efectivo esclarecimento das populações.

 

O problema está, contudo, longe de ser exclusivamente português. Este alheamento é geral, como demonstram os dados oficiais, que registam uma evolução permanentemente negativa. Os índices de participação em 1979 eram de 66% e vieram sempre a descer até 1999, quando não atingiram sequer os 50% na generalidade dos Estados. O primeiro absurdo destes resultados é o facto de, por um lado, a participação descer tanto mais quanto mais aumentam as competências do PE e, por outro, a intenção de voto antes de eleições ser sempre superior à sua concretização (15 a 2%). No ponto crucial da construção em que nos encontramos, a deficiente política de comunicação europeia deverá ser uma prioridade, pois povos desinformados não só não contribuem para uma Europa democrática, como podem pô-la em perigo.

 

Há tentativas? Decerto que sim, meritórias mas infelizmente ainda casuísticas. Refiram-se as iniciativas da representação do PE em Portugal como as parcerias com jornais (“Fichas DN”, os “Guias do Expresso”, a excelente banda desenhada “Águas Perigosas” com o JN), rádios (módulos sobre cidadania europeia desmultiplicados por rádios locais), televisões (“Mais Europa” na RTP, “Euro-respostas” na SIC Notícias) e acções de divulgação conjuntas com o Centro Jacques Delors e a Comissão Nacional de Eleições. A construção da identidade é um processo mutável e em permanente negociação. Dada a diversidade da sua configuração e a importância geoestratégica deste bloco no mundo, ou existe uma vontade política forte de mobilizar para os valores que o projecto europeu representa, ou a breve trecho poderemos deparar com surpresas desagradáveis. Actualmente o que une os cidadãos europeus? Apenas uma moeda e um punhado de funcionários. Estão a negligenciar-se factores como a educação e os próprios media. Injectar nos curricula escolares uma europeidade convicta, no sentido de as crianças crescerem a saberem ser portuguesas e europeias, sem confl itos. Estimular a criação de lobbies europeus nas redacções, através da formação específica de jornalistas. Apostar em canais abertos de televisão com expressão verdadeiramente europeia e capacidade de chegar a grandes massas (não é a Euronews...). Utilizar o poder mobilizador dos novos media e das tecnologias do digital. Lançar mão de um marketing actualizado que vá além da propaganda institucional. Enfim, colocar a Europa na moda e no coração dos cidadãos exige uma estratégia de comunicação clara e eficaz. Que não existe e é sobretudo uma questão de vontade política.

 

Janus 2005

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A europa, assim como os países, são "bocados de terra" divididos de proposito para alguém controlar.

 

As pessoas dos países foram separadas para mais tarde as porem a matar-se umas às outras.

( Desculpem o meu negativismo, mas é o que eu percebo da historia que nós mentem)

 

A europa é simplesmente um País maior, que depois se vai unir às outras uniões e fazer um único país, o sonho do psicopata.

 

Se as pessoas não ligam às noticias, é meio mal, porque não há verdadeiramente noticias.

 

- no Sabado vi um acidente - a noticia é que há 6 feridos, 2 em estado grave.

 

 

- a noticia para mim é que ali aconteceu uma aberração, logo tem que se pensar para a aberração não se repetir.

Eu nunca tinha visto um acidente na realidade( vi um acidente que tive ( não bati em nada, logo fiquei menos mal)) então também aceitava as noticias de acidentes da televisão.

 

Não é o álcool que faz os acidentes, se eu tivesse bêbado e quisesse mesmo ir para casa ia a 50Km/h.

Estava simplesmente algo de errado com aquele ser.

 

 

- A seguir a um acidente é preciso pensar:

 

Porquê?

O que fazer.

 

Sempre.

 

A noticia em sí não serve para nada, só para imaginarmos um miséria que não é a realidade.

 

O erro (o acidente foram 2 acidentes) que eu vi, estava no ser que vinha com o carro a fundo sem consciência que podem existir pessoas e carros parados na estrada.

Quem é o culpado desta aberração. O ser era estúpido em si. Simplesmente estúpido. Agora, alguém o transformou em estúpido, porque bastava olhar para as arvores, em vez de olhar para a tv para ter noção que existem pessoas na estrada.

 

A culpa é do homem que inventou esta arma que parece que serve para nos movimentar???

Se as pessoas aceitam a sociedade tem que o mostrar, se não aceitam também têm que o mostrar. Se elas querem morrer estejam à vontade. Se querem morrer e matar mais pessoas!!!! temos que pensar.

 

Enquanto elas ligarem a tv para serem programados de assassinos, vão sempre morrer pessoas de forma aberrante.

 

 

... continuando - a imprensa não tem que gerar lucros nenhuns, isto porque os donos da imprensa "aquela" são os mesmos que imprimem as notas e põem os números nos computadores dos bancos.

 

como os que imprimem as notas também escolhem o conteúdo dos desenhos animados e o programa da escola, controlam a parte programável do ser humano ( o ego? ).

 

Ignorância nas pessoas com papeis sociais!!! LOL maior parte dos políticos americanos pensavam que o ser humano tinha coabitado com os dinossauros... ( mas que sou eu para dizer que sim ou não)

 

 

Eu gostava de falar pessoalmente com o presidente dessa cena chamada União Europeia, porque eu já não sei quem é que me consegue mentir.

 

 

As pessoas não tem que morrer com doenças relacionadas com o envenenamento do que elas absorvem do ar e da comida.

Elas chegam aos 85 e numa noite escolhem morrer. As pessoas não precisam de ser mortas.

Tiago

Fala com as pessoas.

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A europa, assim como os países, são "bocados de terra" divididos de proposito para alguém controlar.

 

As pessoas dos países foram separadas para mais tarde as porem a matar-se umas às outras.

( Desculpem o meu negativismo, mas é o que eu percebo da historia que nós mentem)

 

A europa é simplesmente um País maior, que depois se vai unir às outras uniões e fazer um único país, o sonho do psicopata.

 

Se as pessoas não ligam às noticias, é meio mal, porque não há verdadeiramente noticias.

 

- no Sabado vi um acidente - a noticia é que há 6 feridos, 2 em estado grave.

 

 

- a noticia para mim é que ali aconteceu uma aberração, logo tem que se pensar para a aberração não se repetir.

Eu nunca tinha visto um acidente na realidade( vi um acidente que tive ( não bati em nada, logo fiquei menos mal)) então também aceitava as noticias de acidentes da televisão.

 

Não é o álcool que faz os acidentes, se eu tivesse bêbado e quisesse mesmo ir para casa ia a 50Km/h.

Estava simplesmente algo de errado com aquele ser.

 

 

- A seguir a um acidente é preciso pensar:

 

Porquê?

O que fazer.

 

Sempre.

 

A noticia em sí não serve para nada, só para imaginarmos um miséria que não é a realidade.

 

O erro (o acidente foram 2 acidentes) que eu vi, estava no ser que vinha com o carro a fundo sem consciência que podem existir pessoas e carros parados na estrada.

Quem é o culpado desta aberração. O ser era estúpido em si. Simplesmente estúpido. Agora, alguém o transformou em estúpido, porque bastava olhar para as arvores, em vez de olhar para a tv para ter noção que existem pessoas na estrada.

 

A culpa é do homem que inventou esta arma que parece que serve para nos movimentar???

Se as pessoas aceitam a sociedade tem que o mostrar, se não aceitam também têm que o mostrar. Se elas querem morrer estejam à vontade. Se querem morrer e matar mais pessoas!!!! temos que pensar.

 

Enquanto elas ligarem a tv para serem programados de assassinos, vão sempre morrer pessoas de forma aberrante.

 

 

... continuando - a imprensa não tem que gerar lucros nenhuns, isto porque os donos da imprensa "aquela" são os mesmos que imprimem as notas e põem os números nos computadores dos bancos.

 

como os que imprimem as notas também escolhem o conteúdo dos desenhos animados e o programa da escola, controlam a parte programável do ser humano ( o ego? ).

 

Ignorância nas pessoas com papeis sociais!!! LOL maior parte dos políticos americanos pensavam que o ser humano tinha coabitado com os dinossauros... ( mas que sou eu para dizer que sim ou não)

 

 

Eu gostava de falar pessoalmente com o presidente dessa cena chamada União Europeia, porque eu já não sei quem é que me consegue mentir.

 

 

As pessoas não tem que morrer com doenças relacionadas com o envenenamento do que elas absorvem do ar e da comida.

Elas chegam aos 85 e numa noite escolhem morrer. As pessoas não precisam de ser mortas.

 

eu ja falei com o presidente ´desta coisa´.. quando ele foi a Mira ´mentir-nos a dizer que Mira tem mais condicoes para o tao falado Campo de Golf que a Figueira da Foz. (só me faz rir.

E para o construir lá se teve de arder a zona dos Foros e Portomar... é a velha história.

 

Burros? talvez nao. Burros somos nós!

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“— Tudo isso está bem dito... mas devemos cultivar o nosso jardim.”

Voltaire em cândido (livro completo em brasileiro)

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Desse texto destaco as seguintes passagens por considerar que são temas de importância acrescida:

 

(..) Mas que nivelou por baixo toda a informação, incrementando telejornais com doses maciças de crime, escândalos e futebol, chegando ao absurdo de passarem oito (oito!) anos sem programas de debate no prime-time de todas as televisões portuguesas.

 

Não fazia ideia deste facto, mas acho-o no mínimo absurdo e um pouco revoltante. Deixei de ver com frequência televisão há uns bons 4 ou 5 anos atrás por considerar a programação geral de todos os canais na altura absolutamente desinteressante.No entanto 8 anos sem um programa de debate de cariz político,social e/ou cultural no prime-time dos canais sociais é algo no mínimo gritante sobre o quão desinformados andamos.

Mas o pior é que é o próprio cidadão prefere que tal seja assim.Este tem muito mais interesse em ver o próximo capitulo dos "Morangos Com Açúcar" ou da "Floribela" ou do próximo programa tipo "Big Brother", a ficar um bocadinho mais informado sobre aquilo que afectou hoje e irá afectar amanhã a sua vida.

 

João Ferreira, coordenador das manhãs da SIC Notícias e responsável pelo (notável) Euro-Respostas, uma co-produção SIC-UAL, é peremptório: “90% da minha redacção não sabe quem são os 24 eurodeputados portugueses e não faz a mínima ideia de como funciona a UE”. Ora, se é certo que os media não são vocacionados para ensinar, não é menos correcto que devem... aprender. Só assim servirão como descodificadores da realidade que é – sempre – complexa e multifacetada.

 

É simplesmente triste constatar tal facto... E acho que essas duas últimas frase explicam tudo.

 

torna-se crucial saber como são tomadas tais decisões que, de facto, afectam a vida concreta dos cidadãos. Segurança alimentar, juros de habitação, emprego e circulação do conhecimento não são temas menores.

 

Pois...Estes são temas que afectam e condicionam realmente as nossas vidas diariamente e a um nível muito maior do que aquilo que as pessoas pensam. O cidadão português tem que se começar a capacitar que cada vez mais as decisões realmente importantes que andam a ser tomadas e que afectam hoje e incidirão ainda com mais peso no dia de amanha no nosso dia-a-dia estão na realidade a ser tomadas no PE e não no nosso parlamento.

Ainda mais nós,que temos sido desde sempre os maiores "sanguessugas" dos fundos comunitários e os que têm apresentado um menor índice de aproveitamento. As pessoas têm que começar a pôr a mão à consciência destes assuntos e começar a pensar o que realmente anda a ser feito e como é que tudo isto se processa, pois como diz a gíria "a mama não dura para sempre" e esta parece dar cada vez mais indícios de estar a acabar.E se continuarmos com a mesmo impassividade a ver tudo isto passar-nos ao lado sem iremos sofrer as duras consequências de isto tudo.

 

As eleições para o Parlamento Europeu (PE) são sistematicamente transformadas em actos “de segunda”, servindo para se degladiarem sobretudo políticas nacionais, apelando ao voto castigador interno, como se viu nesta campanha, “futebolizada” até ao mais baixo nível de argumentação. Perdem-se, assim, oportunidades únicas para efectivo esclarecimento das populações.

 

É uma grande verdade e que tem passado impune nos últimos anos.Sempre que chega a altura das eleições do eurodeputados ouve-se falar de tudo menos daquilo que realmente essas pessoas irão lá fazer. Afinal,quantos de nós saberão realmente quais são as funções dos nossos eurodeputados? E quantos de nós estão na realidade minimamente importados com isso?

 

Esta desinformação não é apenas culpa dos políticos em si (embora de forma alguma possam ser desculpados por eles mesmo fugirem aos temas de real interesse na altura da campanha), mas também se deve em grande parte ao facto da comunicação social nas suas reportagens focar principalmente os assuntos que deveriam ser considerados secundários. Mais depressa noticiam uma quezilia partidária do que os reais programas eleitorais a serem apresentados.

E a isto chama-se desinformação...

 

 

povos desinformados não só não contribuem para uma Europa democrática, como podem pô-la em perigo.

 

Esta é sem dúvida uma conclusão lógica e verdadeiramente alarmante. Se a maré não mudar de rumo o mais certo é dentro de poucos anos estarmos novamente sobre um novo sistema ditatorial um pouco camuflado que porá em causa todos os princípios básicos da liberdade individual.E é que este processo no fundo já se começa a sentir nos dias de hoje e não será certamente por si só que irá parar...

 

Eu mesmo confesso que sou um pouco leigo no que diz respeito aos assuntos referentes à União Europeia, mas sempre que posso vou-me tentando actualizar um bocadinho sobre aquilo que se passa no PE e de que forma irá alterar a minha vida quotidiana. E acho que se todos tiverem pelo menos um bocadinho desta preocupação as coisas poderão ter uma tendência a mudar,pois pelo menos haverá um bocadinho mais de informação, sem ser apenas saber quando e quanto é que as taxas de juro irão subir ou descer.

 

Obrigado moony,foi sem dúvida um artigo interessante de ler e serve como um bom alerta para os que decidirem "perder" um pouco do seu tempo a ler isto. :)

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