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José Saramago 1922 - 2010


anjuna
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Grande senhor, grandes obras, grandes críticas à sociedade.

 

RIP

All, everything that I understand, I understand only because I love.

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Grande perda, uma grande personalidade da cultura Portuguesa, uma referencia para todos, mais nao seja pelo seu inconformismo de sempre. Bem fez ele, quando se cansou de viver rodeado de gente mediocre e mesquinha, deu a sola para uma ilha paradisiaca e viveu descansadinho os ultimos anos, quem nao o faria?

 

RIP :(

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R.I.P. :(

 

Ainda há um bocado passei na feira do livro aqui do Porto (Aliados) e fui ao stand da Leya (que representa a Caminho) para ver se já havia alguma referência ao acontecimento. Mas calculo que ainda seja prematuro para fazer qualquer tipo de homenagem ou tributo ou referência.

 

O "Evangelho segundo Jesus Cristo" foi dos livros que mais me bateu até hoje.

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eu não era grande fã da escrita dele.

mas adorava ouvi-lo e ler as suas entrevistas.

era um inconformado com a vida. parecia ser um homem justo, que amava portugal e os portugueses.

foi muitas vezes mal interpretado mas na realidade não havia muita gente com estofo intelectual para o compreender e muitas da polemicas foram artificial criadas.

 

estou a reler algumas entrevistas dele no publico e é um assombro..

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“Escritor de projecção mundial, justamente galardoado com o Prémio Nobel da Literatura, José Saramago será sempre uma figura de referência da nossa cultura”, refere o chefe de Estado, numa mensagem de condolências à família do escritor, enviada à comunicação social.

 

in Público

 

FDX! Que grande hipócrita o Cavaco. Relembro a polémica acerca da candidatura a um prémio literário europeu:

 

"Já Sousa Lara, o Sub-Secretário de Estado adjunto da Cultura de Portugal em 1991, que então vetou o livro de Saramago "O Evangelho segundo Jesus Cristo" de uma lista de romances portugueses candidatos a um prémio literário europeu, um dos motivos que ocasionaram a mudança de Saramago de Portugal na época, por considerar tal ato censório..."

 

Isto foi no governo do Cavaco! Que nojo foda-se!

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“Escritor de projecção mundial, justamente galardoado com o Prémio Nobel da Literatura, José Saramago será sempre uma figura de referência da nossa cultura”, refere o chefe de Estado, numa mensagem de condolências à família do escritor, enviada à comunicação social.

 

in Público

 

FDX! Que grande hipócrita o Cavaco. Relembro a polémica acerca da candidatura a um prémio literário europeu:

 

"Já Sousa Lara, o Sub-Secretário de Estado adjunto da Cultura de Portugal em 1991, que então vetou o livro de Saramago "O Evangelho segundo Jesus Cristo" de uma lista de romances portugueses candidatos a um prémio literário europeu, um dos motivos que ocasionaram a mudança de Saramago de Portugal na época, por considerar tal ato censório..."

 

Isto foi no governo do Cavaco! Que nojo foda-se!

 

se ele não emitisse nenhum comunicado era criticado. acho bem que o tenha feito

 

so acho que a parte do "justamente galardoado" é um pouco hipocrita sim srº

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Discurso perante a Real Academia Sueca: "De como a Personagem Foi Mestre e o Autor Seu Aprendiz"

 

O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever. Às quatro da madrugada, quando a promessa de um novo dia ainda vinha em terras de França, levantava-se da enxerga e saía para o campo, levando ao pasto a meia dúzia de porcas de cuja fertilidade se alimentavam ele e a mulher.

 

Viviam desta escassez os meus avós maternos, da pequena criação de porcos que, depois do desmame, eram vendidos aos vizinhos da aldeia. Azinhaga de seu nome, na província do Ribatejo. Chamavam-se Jerónimo Melrinho e Josefa Caixinha esses avós, e eram analfabetos um e outro. No Inverno, quando o frio da noite apertava ao ponto de a água dos cântaros gelar dentro da casa, iam buscar às pocilgas os bácoros mais débeis e levavam-nos para a sua cama. Debaixo das mantas grosseiras, o calor dos humanos livrava os animaizinhos do enregelamento e salvava-os de uma morte certa. Ainda que fossem gente de bom carácter, não era por primores de alma compassiva que os dois velhos assim procediam: o que os preocupava, sem sentimentalismos nem retóricas, era proteger o seu ganha-pão, com a naturalidade de quem, para manter a vida, não aprendeu a pensar mais do que o indispensável. Ajudei muitas vezes este meu avô Jerónimo nas suas andanças de pastor, cavei muitas vezes a terra do quintal anexo à casa e cortei lenha para o lume, muitas vezes, dando voltas e voltas à grande roda de ferro que accionava a bomba, fiz subir a água do poço comunitário e a transportei ao ombro, muitas vezes, às escondidas dos guardas das searas, fui com a minha avó, também pela madrugada, munidos de ancinho, panal e corda, a recolher nos restolhos a palha solta que depois haveria de servir para a cama do gado. E algumas vezes, em noites quentes de Verão, depois da ceia, meu avô me disse: "José, hoje vamos dormir os dois debaixo da figueira". Havia outras duas figueiras, mas aquela, certamente por ser a maior, por ser a mais antiga, por ser a de sempre, era, para toda as pessoas da casa, a figueira. Mais ou menos por antonomásia, palavra erudita que só muitos anos depois viria a conhecer e a saber o que significava... No meio da paz nocturna, entre os ramos altos da árvore, uma estrela aparecia-me, e depois, lentamente, escondia-se por trás de uma folha, e, olhando eu noutra direcção, tal como um rio correndo em silêncio pelo céu côncavo, surgia a claridade opalescente da Via Láctea, o Caminho de Santiago, como ainda lhe chamávamos na aldeia. Enquanto o sono não chegava, a noite povoava-se com as histórias e os casos que o meu avô ia contando: lendas, aparições, assombros, episódios singulares, mortes antigas, zaragatas de pau e pedra, palavras de antepassados, um incansável rumor de memórias que me mantinha desperto, ao mesmo tempo que suavemente me acalentava. Nunca pude saber se ele se calava quando se apercebia de que eu tinha adormecido, ou se continuava a falar para não deixar em meio a resposta à pergunta que invariavelmente lhe fazia nas pausas mais demoradas que ele calculadamente metia no relato: "E depois?". Talvez repetisse as histórias para si próprio, quer fosse para não as esquecer, quer fosse para as enriquecer com peripécias novas. Naquela idade minha e naquele tempo de nós todos, nem será preciso dizer que eu imaginava que o meu avô Jerónimo era senhor de toda a ciência do mundo. Quando, à primeira luz da manhã, o canto dos pássaros me despertava, ele já não estava ali, tinha saído para o campo com os seus animais, deixando-me a dormir. Então levantava-me, dobrava a manta e, descalço (na aldeia andei sempre descalço até aos 14 anos), ainda com palhas agarradas ao cabelo, passava da parte cultivada do quintal para a outra onde se encontravam as pocilgas, ao lado da casa. Minha avó, já a pé antes do meu avô, punha-me na frente uma grande tigela de café com pedaços de pão e perguntava-me se tinha dormido bem. Se eu lhe contava algum mau sonho nascido das histórias do avô, ela sempre me tranquilizava: "Não faças caso, em sonhos não há firmeza". Pensava então que a minha avó, embora fosse também uma mulher muito sábia, não alcançava as alturas do meu avô, esse que, deitado debaixo da figueira, tendo ao lado o neto José, era capaz de pôr o universo em movimento apenas com duas palavras. Foi só muitos anos depois, quando o meu avô já se tinha ido deste mundo e eu era um homem feito, que vim a compreender que a avó, afinal, também acreditava em sonhos. Outra coisa não poderia significar que, estando ela sentada, uma noite, à porta da sua pobre casa, onde então vivia sozinha, a olhar as estrelas maiores e menores por cima da sua cabeça, tivesse dito estas palavras: "O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer". Não disse medo de morrer, disse pena de morrer, como se a vida de pesado e contínuo trabalho que tinha sido a sua estivesse, naquele momento quase final, a receber a graça de uma suprema e derradeira despedida, a consolação da beleza revelada. Estava sentada à porta de uma casa como não creio que tenha havido alguma outra no mundo porque nela viveu gente capaz de dormir com porcos como se fossem os seus próprias filhos, gente que tinha pena de ir-se da vida só porque o mundo era bonito, gente, e este foi o meu avô Jerónimo, pastor e contador de histórias, que, ao pressentir que a morte o vinha buscar, foi despedir-se das árvores do seu quintal, uma por uma, abraçando-se a elas e chorando porque sabia que não as tornaria a ver.

 

 

 

Muitos anos depois, escrevendo pela primeira vez sobre este meu avô Jerónimo e esta minha avó Josefa (faltou-me dizer que ela tinha sido, não dizer de quantos a conheceram quando rapariga, de uma formosura invulgar), tive consciência de que estava a transformar as pessoas comuns que eles haviam sido em personagens literárias e que essa era, provavelmente, a maneira de não os esquecer, desenhando e tornando a desenhar os seus rostos com o lápis sempre cambiante da recordação, colorindo e iluminando a monotonia de um quotidiano baço e sem horizontes, como quem vai recriando, por cima do instável mapa da memória, a irrealidade sobrenatural do país em que decidiu passar a viver. A mesma atitude de espírito que, depois de haver evocado a fascinante e enigmática figura de um certo bisavô berbere, me levaria a descrever mais ou menos nestes termos um velho retrato (hoje já com quase oitenta anos) onde os meus pais aparecem: "Estão os dois de pé, belos e jovens, de frente para o fotógrafo, mostrando no rosto uma expressão de solene gravidade que é talvez temor diante da câmara, no instante em que a objectiva vai fixar, de um e de outro, a imagem que nunca mais tornarão a ter, porque o dia seguinte será implacavelmente outro dia... Minha mãe apoia o cotovelo direito numa alta coluna e segura na mão esquerda, caída ao longo do corpo, uma flor. Meu pai passa o braço por trás das costas de minha mãe e a sua mão calosa aparece sobre o ombro dela como uma asa. Ambos pisam acanhados um tapete de ramagens. A tela que serve de fundo postiço ao retrato mostra umas difusas e incongruentes arquitecturas neoclássicas". E terminava: "Um dia tinha de chegar em que contaria estas coisas. Nada disto tem importância, a não ser para mim. Um avô berbere, vindo do Norte de África, um outro avô pastor de porcos, uma avó maravilhosamente bela, uns pais graves e formosos, uma flor num retrato - que outra genealogia pode importar-me? a que melhor árvore me encontraria?"

 

 

 

Escrevi estas palavras há quase trinta anos, sem outra intenção que não fosse reconstituir e registar instantes da vida das pessoas que me geraram e que mais perto de mim estiveram, pensando que nada mais precisaria de explicar para que se soubesse de onde venho e de que materiais se fez a pessoa que comecei por ser e esta em que pouco a pouco me vim tornando. Afinal, estava enganado, a biologia não determina tudo, e, quanto à genética, muito misteriosos deverão ter sido os seus caminhos para terem dado uma volta tão larga... À minha árvore genealógica (perdôe-se-me a presunção de a designar assim, sendo tão minguada a substância da sua seiva) não faltavam apenas alguns daqueles ramos que o tempo e os sucessivos encontros da vida vão fazendo romper do tronco central, também lhe faltava quem ajudasse as suas raízes a penetrar até às camadas subterrâneas mais fundas, quem apurasse a consistência e o sabor dos seus frutos, quem ampliasse e robustecesse a sua copa para fazer dela abrigo de aves migrantes e amparo de ninhos. Ao pintar os meus pais e os meus avós com tintas de literatura, transformando-os, de simples pessoas de carne e osso que haviam sido, em personagens novamente e de outro modo construtoras da minha vida, estava, sem o perceber, a traçar o caminho por onde as personagens que viesse a inventar, as outras, as efectivamente literárias, iriam fabricar e trazer-me os materiais e as ferramentas que, finalmente, no bom e no menos bom, no bastante e no insuficiente, no ganho e no perdido, naquilo que é defeito mas também naquilo que é excesso, acabariam por fazer de mim a pessoa em que hoje me reconheço: criador dessas personagens, mas, ao mesmo tempo, criatura delas. Em certo sentido poder-se-á mesmo dizer que, letra a letra, palavra a palavra, página a página, livro a livro, tenho vindo, sucessivamente, a implantar no homem que fui as personagens que criei. Creio que, sem elas, não seria a pessoa que hoje sou, sem elas talvez a minha vida não tivesse logrado ser mais do que um esboço impreciso, uma promessa como tantas outras que de promessa não conseguiram passar, a existência de alguém que talvez pudesse ter sido e afinal não tinha chegado a ser.

 

 

 

Agora sou capaz de ver com clareza quem foram os meus mestres de vida, os que mais intensamente me ensinaram o duro ofício de viver, essas dezenas de personagens de romance e de teatro que neste momento vejo desfilar diante dos meus olhos, esses homens e essas mulheres feitos de papel e tinta, essa gente que eu acreditava ir guiando de acordo com as minhas conveniências de narrador e obedecendo à minha vontade de autor, como títeres articulados cujas acções não pudessem ter mais efeito em mim que o peso suportado e a tensão dos fios com que os movia. Desses mestres, o primeiro foi, sem dúvida, um medíocre pintor de retratos que designei simplesmente pela letra H., protagonista de uma história a que creio razoável chamar de dupla iniciação (a dele, mas também, de algum modo, do autor do livro), intitulada Manual de Pintura e Caligrafia, que me ensinou a honradez elementar de reconhecer e acatar, sem ressentimento nem frustração, os meus próprios limites: não podendo nem ambicionando aventurar-me para além do meu pequeno terreno de cultivo, restava-me a possibilidade de escavar para o fundo, para baixo, na direcção das raízes. As minhas, mas também as do mundo, se podia permitir-me uma ambição tão desmedida. Não me compete a mim, claro está, avaliar o mérito do resultado dos esforços feitos, mas creio ser hoje patente que todo o meu trabalho, de aí para diante, obedeceu a esse propósito e a esse princípio.

 

 

 

Vieram depois os homens e as mulheres do Alentejo, aquela mesma irmandade de condenados da terra a que pertenceram o meu avô Jerónimo e a minha avó Josefa, camponeses rudes obrigados a alugar a força dos braços a troco de um salário e de condições de trabalho que só mereceriam o nome de infames, cobrando por menos que nada a vida a que os seres cultos e civilizados que nos prezamos de ser apreciamos chamar, segundo as ocasiões, preciosa, sagrada ou sublime. Gente popular que conheci, enganada por uma Igreja tão cúmplice como beneficiária do poder do Estado e dos terratenentes latifundistas, gente permanentemente vigiada pela policia, gente, quantas e quantas vezes, vítima inocente das arbitrariedades de uma justiça falsa. Três gerações de uma família de camponeses, os Mau-Tempo, desde o começo do século até a Revolução de Abril de 1974 que derrubou a ditadura, passam nesse romance a que dei o título de Levantado do Chão, e foi com tais homens e mulheres do chão levantados, pessoas reais primeiro, figuras de ficção depois, que aprendi a ser paciente, a confiar e a entregar-me ao tempo, a esse tempo que simultaneamente nos vai construindo e destruindo para de novo nos construir e outra vez nos destruir. Só não tenho a certeza de haver assimilado de maneira satisfatória aquilo que a dureza das experiências tornou virtude nessas mulheres e nesses homens: uma atitude naturalmente estóica perante a vida. Tendo em conta, porém, que a lição recebida, passados mais de vinte anos, ainda permanece intacta na minha memória, que todos os dias a sinto presente no meu espírito como uma insistente convocatória, não perdi, até agora, a esperança de me vir a tornar um pouco mais merecedor da grandeza dos exemplos de dignidade que me foram propostos na imensidão das planícies do Alentejo. O tempo o dirá.

 

 

 

Que outras lições poderia eu receber de um português que viveu no século XVI que compôs as "Rimas" e as glórias, os naufrágios e os desencantos pátrios de "Os Lusíadas", que foi um génio poético absoluto, o maior da nossa literatura, por muito que isso pese a Fernando Pessoa, que a si mesmo se proclamou como o Super-Camões dela? Nenhuma lição que estivesse à minha medida, nenhuma lição que eu fosse capaz de aprender, salvo a mais simples que me poderia ser oferecida pelo homem Luís Vaz de Camões na sua estreme humanidade, por exemplo, a humildade orgulhosa de um autor que vai chamando a todas as portas à procura de quem esteja disposto a publicar-lhe o livro que escreveu, sofrendo por isso o desprezo dos ignorantes de sangue e de casta, a indiferença desdenhosa de um rei e da sua companhia de poderosos, o escárnio com que desde sempre o mundo tem recebido a visita dos poetas, dos visionários e dos loucos. Ao menos uma vez na vida todos os autores tiveram ou terão de ser Luís de Camões, mesmo se não escreverem as redondilhas de "Sôbolos rios"... Entre fidalgos da corte e censores do Santo Ofício, entre os amores de antanho e as desilusões da velhice prematura, entre a dor de escrever e a alegria de ter escrito, foi a este homem doente que regressa pobre da Índia, aonde muitos só iam para enriquecer, foi a este soldado cego de um olho e golpeado na alma, foi a este sedutor sem fortuna que não voltará nunca mais a perturbar os sentidos das damas do paço, que eu pus a viver no palco da peça teatro chamada Que farei com este livro?, em cujo final ecoa uma outra pergunta, aquela que importa verdadeiramente, aquela que nunca saberemos se alguma vez chegará a ter resposta suficiente: "Que fareis com este livro?". Humildade orgulhosa, foi essa de levar debaixo do braço uma obra-prima e ver-se injustamente enjeitado pelo mundo. Humildade orgulhosa também, e obstinada, esta de querer saber para que irão servir amanhã os livros que andamos a escrever hoje, e logo duvidar que consigam perdurar longamente (até quando?) as razões tranquilizadoras que acaso nos estejam a ser dadas ou que estejamos a dar a nós próprios. Ninguém melhor se engana que quando consente que o enganem os outros...

 

 

 

Aproximam-se agora um homem que deixou a mão esquerda na guerra e uma mulher que veio ao mundo com o misterioso poder de ver o que há por trás da pele das pessoas. Ele chama-se Baltasar Mateus e tem a alcunha de Sete-Sóis, a ela conhecem-na pelo nome de Blimunda, e também pelo apodo de Sete-Luas que lhe foi acrescentado depois, porque está escrito que onde haja um sol terá de haver uma lua, e que só a presença conjunta e harmoniosa de um e do outro tornará habitável, pelo amor, a terra. Aproxima-se também um padre jesuíta chamado Bartolomeu que inventou uma máquina capaz de subir ao céu e voar sem outro combustível que não seja a vontade humana, essa que, segundo se vem dizendo, tudo pode, mas que não pôde, ou não soube, ou não quis, até hoje, ser o sol e a lua da simples bondade ou do ainda mais simples respeito. São três loucos portugueses do século XVIII, num tempo e num país onde floresceram as superstições e as fogueiras da Inquisição, onde a vaidade e a megalomania de um rei fizeram erguer um convento, um palácio e uma basílica que haveriam de assombrar o mundo exterior, no caso pouco provável de esse mundo ter olhos bastantes para ver Portugal, tal como sabemos que os tinha Blimunda para ver o que escondido estava... E também se aproxima uma multidão de milhares e milhares de homens com as mãos sujas e calosas, com o corpo exausto de haver levantado, durante anos a fio, pedra a pedra, os muros implacáveis do convento, as salas enormes do palácio, as colunas e as pilastras, as aéreas torres sineiras, a cúpula da basílica suspensa sobre o vazio. Os sons que estamos a ouvir são do cravo de Domenico Scarlatti, que não sabe se deve rir ou chorar... Esta é a história de Memorial do Convento, um livro em que o aprendiz de autor, graças ao que lhe vinha sendo ensinado desde o antigo tempo dos seus avós Jerónimo e Josefa, já conseguiu escrever palavras como estas, donde não está ausente alguma poesia: "Além da conversa das mulheres, são os sonhos que seguram o mundo na sua órbita. Mas são também os sonhos que lhe fazem uma coroa de luas, por isso o céu é o resplendor que há dentro da cabeça dos homens, se não é a cabeça dos homens o próprio e único céu". Que assim seja.

 

 

 

De lições de poesia sabia já alguma coisa o adolescente, aprendidas nos seus livros de texto quando, numa escola de ensino profissional de Lisboa, andava a preparar-se para o ofício que exerceu no começo da sua vida de trabalho: o de serralheiro mecânico. Teve também bons mestres de arte poética nas longas horas nocturnas que passou em bibliotecas públicas, lendo ao acaso de encontros e de catálogos, sem orientação, sem alguém que o aconselhasse com o mesmo assombro criador do navegante que vai inventando cada lugar que descobre. Mas foi na biblioteca da escola industrial que O Ano da Morte de Ricardo Reis começou a ser escrito... Ali encontrou um dia o jovem aprendiz de serralheiro (teria então 17 anos) uma revista - "Atena" era o título - em que havia poemas assinados com aquele nome e, naturalmente, sendo tão mau conhecedor da cartografia literária do seu país pensou que existia em Portugal um poeta que se chamava assim: Ricardo Reis. Não tardou muito tempo, porém, a saber que o poeta propriamente dito tinha sido um tal Fernando Nogueira Pessoa que assinava poemas com nomes de poetas inexistentes nascidos na sua cabeça e a que chamava heterónimos, palavra que não constava dos dicionários da época, por isso custou tanto trabalho ao aprendiz de letras saber o que ela significava. Aprendeu de cor muitos poemas de Ricardo Reis ("Para ser grande sê inteiro/Põe quanto és no mínimo que fazes"), mas não podia resignar-se, apesar de tão novo e ignorante, que um espírito superior tivesse podido conceber, sem remorso este verso cruel: "Sábio é o que se contenta com o espectáculo do mundo". Muito, muito tempo depois, o aprendiz, já de cabelos brancos e um pouco mais sábio das suas próprias sabedorias, atreveu-se a escrever um romance para mostrar ao poeta das "Odes" alguma coisa do que era o espectáculo do mundo nesse ano de 1936 em que o tinha posto a viver os seus últimos dias: a ocupação da Renânia pelo exército nazista, a guerra de Franco contra a República espanhola, a criação por Salazar das milícias fascistas portuguesas. Foi como se estivesse a dizer-lhe: "Eis o espectáculo do mundo, meu poeta das amarguras serenas e do cepticismo elegante. Disfruta, goza, contempla, já que estar sentado é a tua sabedoria..."

 

 

 

O Ano da Morte de Ricardo Reis terminava com umas palavras melancólicas: "Aqui, onde o mar se acabou e a terra espera". Portanto, não haveria mais descobrimentos para Portugal, apenas como destino uma espera infinita de futuros nem aos menos inimagináveis: só o fado do costume, a saudade de sempre, e pouco mais... Foi então que o aprendiz imaginou que talvez houvesse ainda uma maneira de tornar a lançar os barcos à água, por exemplo, mover a própria terra e pô-la a navegar pelo mar fora. Fruto imediato do ressentimento colectivo português pelos desdéns históricos de Europa (mais exacto seria dizer fruto de um meu ressentimento pessoal...), o romance que então escrevi - Jangada de Pedra- separou do continente europeu toda a Península Ibérica para a transformar numa grande ilha flutuante, movendo-se sem remos, nem velas, nem hélices em direcção ao Sul do mundo, "massa de pedra e terra, coberta de cidades, aldeias, rios, bosques, fábricas, matos bravios, campos cultivados, com a sua gente e os seus animais", a caminho de uma utopia nova: o encontro cultural dos povos peninsulares com os povos do outro lado do Atlântico, desafiando assim, a tanto a minha estratégia se atreveu, o domínio sufocante que os Estados Unidos da América do Norte vêm exercendo naquelas paragens... Uma visão duas vezes utópica entenderia esta ficção política como uma metáfora muito mais géneros e humana: que a Europa, toda ela, deverá deslocar-se para o Sul, a fim de, em desconto dos seus abusos colonialistas antigos e modernos, ajudar a equilibrar o mundo. Isto é, Europa finalmente como ética. As personagens da Jangada de Pedra- duas mulheres , três homens e um cão - viajam incansavelmente através da península enquanto ela vai sulcando o oceano. O mundo está a mudar e eles sabem que devem procurar em si mesmos as pessoas novas em que irão tornar-se (sem esquecer o cão, que não é um cão como os outros...). Isso lhes basta.

 

 

 

Lembrou-se então o aprendiz de que em tempos da sua vida havia feito algumas revisões de provas de livros e que se na Jangada de Pedratinha, por assim dizer, revisado o futuro, não estaria mal que revisasse agora o passado, inventando um romance que se chamaria História do Cerco de Lisboa, no qual um revisor, revendo um livro do mesmo título, mas de História, e cansado de ver como a dita História cada vez é menos capaz de surpreender, decide pôr no lugar de um "sim" um "não", subvertendo a autoridade das "verdades históricas". Raimundo Silva, assim se chama o revisor, é um homem simples, vulgar, que só se distingue da maioria por acreditar que todas as coisas têm o seu lado visível e o seu lado invisível e que não saberemos nada delas enquanto não lhes tivermos dado a volta completa. De isso precisamente se trata numa conversa que ele tem com o historiador. Assim: "Recordo-lhe que os revisores já viram muito de literatura e vida, O meu livro, recordo-lhe eu, é de história, Não sendo propósito meu apontar outras contradições, senhor doutor, em minha opinião tudo quanto não for vida é literatura, A história também. A história sobretudo, sem querer ofender, E a pintura, e a música, A música anda a resistir desde que nasceu, ora vai, ora vem, quer livrar-se da palavra, suponho que por inveja, mas regressa sempre à obediência, E a pintura, Ora, a pintura não é mais do que literatura feita com pincéis, Espero que não esteja esquecido de que a humanidade começou a pintar muito antes de saber escrever, Conhece o rifão, se não tens cão caça com o gato, ou, por outras palavras, quem não pode escrever, pinta, ou desenha, é o que fazem as crianças, O que você quer dizer, por outras palavras, é que a literatura já existia antes de ter nascido, Sim senhor, como o homem, por outras palavras, antes de o ser já o era, Quer-me parecer que você errou a vocação, devia era ser historiador, Falta-me o preparo, senhor doutor, que pode um simples homem fazer sem o preparo, muita sorte já foi ter vindo ao mundo com a genética arrumada, mas, por assim dizer, em estado bruto, e depois não mais polimento que primeiras letras que ficaram únicas, Podia apresentar-se como autodidacta, produto do seu próprio e digno esforço, não é vergonha nenhuma, antigamente a sociedade tinha orgulho nos seus autodidactas, Isso acabou, veio o desenvolvimento e acabou, os autodidactas são vistos com maus olhos, só os que escrevem versos e histórias para distrair é que estão autorizados a ser autodidactas, mas eu para a criação literária nunca tive jeito, Então, meta-se a filósofo, O senhor doutor é um humorista, cultiva a ironia, chego a perguntar-me como se dedicou à história, sendo ela tão grave e profunda ciência, Sou irónico apenas na vida real, Bem me queria a mim parecer que a história não é a vida real, literatura, sim, e nada mais, Mas a história foi vida real no tempo em que ainda não se lhe poderia chamar história, Então o senhor doutor acha que a história e a vida real, Acho, sim, Que a história foi vida real, quero dizer, Não tenho a menor dúvida, Que seria de nós se o deleatur que tudo apaga não existisse, suspirou o revisor". Escusado será acrescentar que o aprendiz aprendeu com Raimundo Silva a lição da dúvida. Já não era sem tempo.

 

 

 

Ora, foi provavelmente esta aprendizagem da dúvida que o levou, dois anos mais tarde, a escrever O Evangelho segundo Jesus Cristo. É certo, e ele tem-no dito, que as palavras do título lhe surgiram por efeito de uma ilusão de óptica, mas é legítimo interrogar-nos se não teria sido o sereno exemplo do revisor o que, nesse meio tempo, lhe andou a preparar o terreno de onde haveria de brotar o novo romance. Desta vez não se tratava de olhar por trás das páginas do "Novo Testamento" à procura de contrários, mas sim de iluminar com uma luz rasante a superfície delas, como se faz a uma pintura, de modo a fazer-lhe ressaltar os relevos, os sinais de passagem, a obscuridade das depressões. Foi assim que o aprendiz, agora rodeado de personagens evangélicas, leu, como se fosse a primeira vez, a descrição da matança dos Inocentes, e, tendo lido, não compreendeu. Não compreendeu que já pudesse haver mártires numa religião que ainda teria de esperar trinta anos para que o seu fundador pronunciasse a primeira palavra dela, não compreendeu que não tivesse salvado a vida das crianças de Belém precisamente a única pessoa que o poderia ter feito, não compreendeu a ausência, em José, de um sentimento mínimo de responsabilidade, de remorso, de culpa, ou sequer de curiosidade, depois de voltar do Egipto com a família. Nem se poderá argumentar, em defesa da causa, que foi necessário que as crianças de Belém morressem para que pudesse salvar-se a vida de Jesus: o simples senso comum, que a todas as coisas, tanto às humanas como às divinas, deveria presidir, aí está para nos recordar que Deus não enviaria o seu Filho à terra, de mais a mais com o encargo de redimir os pecados da humanidade, para que ele viesse a morrer aos dois anos de idade degolado por um soldado de Herodes... Nesse "Evangelho", escrito pelo aprendiz com o respeito que merecem os grandes dramas, José será consciente da sua culpa, aceitará o remorso em castigo da falta que cometeu e deixar-se-á levar à morte quase sem resistência, como se isso lhe faltasse ainda para liquidar as suas contas com o mundo. O "Evangelho" do aprendiz não é, portanto, mais uma lenda edificante de bem-aventurados e de deuses, mas a história de uns quantos seres humanos sujeitos a um poder contra o qual lutam, mas que não podem vencer. Jesus, que herdará as sandálias com que o pai tinha pisado o pó dos caminhos da terra, também herdará dele o sentimento trágico da responsabilidade e da culpa que nunca mais o abandonará, nem mesmo quando levantar a voz do alto da cruz: "Homens, perdoai-lhe porque ele não sabe o que fez", por certo referindo-se ao Deus que o levara até ali, mas quem sabe se recordando ainda, nessa agonia derradeira, o seu pai autêntico, aquele que, na carne e no sangue, humanamente o gerara. Como se vê, o aprendiz já tinha feito uma larga viagem quando no seu herético "Evangelho" escreveu as últimas palavras do diálogo no templo entre Jesus e o escriba: "A culpa é um lobo que come o filho depois de ter devorado o pai, disse o escriba, Esse lobo de que falas já comeu o meu pai, disse Jesus, Então só falta que te devore a ti, E tu, na tua vida, foste comido, ou devorado, Não apenas comido e devorado, mas vomitado, respondeu o escriba".

 

 

 

Se o imperador Carlos Magno não tivesse estabelecido no Norte da Alemanha um mosteiro, se esse mosteiro não tivesse dado origem à cidade de Münster, se Münster não tivesse querido assinalar os mil e duzentos anos da sua fundação com uma ópera sobre a pavorosa guerra que enfrentou no século XVI protestantes anabaptistas e católicos, o aprendiz não teria escrito a peça de teatro a que chamou In Nomine Dei. Uma vez mais, sem outro auxílio que a pequena luz da sua razão, o aprendiz teve de penetrar no obscuro labirinto das crenças religiosas, essas que com tanta facilidade levam os seres humanos a matar e a deixar-se matar. E o que viu foi novamente a máscara horrenda da intolerância, uma intolerância que em Münster atingiu o paroxismo demencial, uma intolerância que insultava a própria causa que ambas as partes proclamavam defender. Porque não se tratava de uma guerra em nome de dois deuses inimigos, mas de uma guerra em nome de um mesmo deus. Cegos pelas suas próprias crenças, os anabaptistas e os católicos de Münster não foram capazes de compreender a mais clara de todas as evidências: no dia do Juízo Final, quando uns e outros se apresentarem a receber o prémio ou o castigo que mereceram as suas acções na terra, Deus, se em suas decisões se rege por algo parecido à lógica humana, terá de receber no paraíso tanto a uns como aos outros, pela simples razão de que uns e outros nele crêem. A terrível carnificina de Münster ensinou ao aprendiz que, ao contrário do que prometeram, as religiões nunca serviram para aproximar os homens, e que a mais absurda de todas as guerras é uma guerra religiosa, tendo em consideração que Deus não pode, ainda que o quisesse, declarar guerra a si próprio...

 

 

 

Cegos. O aprendiz pensou: "Estamos cegos", e sentou-se a escrever o Ensaio sobre a Cegueira para recordar a quem o viesse a ler que usamos perversamente a razão quando humilhamos a vida, que a dignidade do ser humano é todos os dias insultada pelos poderosos do nosso mundo, que a mentira universal tomou o lugar das verdades plurais, que o homem deixou de respeitar-se a si mesmo quando perdeu o respeito que devia ao seu semelhante. Depois, o aprendiz, como se tentasse exorcizar os monstros engendrados pela cegueira da razão, pôs-se a escrever a mais simples de todas as histórias: uma pessoa que vai à procura de outra pessoa apenas porque compreendeu que a vida não tem nada mais importante que pedir a um ser humano. O livro chama-se "Todos os Nomes". Não escritos, todos os nossos nomes estão lá. Os nomes dos vivos e os nomes dos mortos.

 

 

 

Termino. A voz que leu estas páginas quis ser o eco das vozes conjuntas das minhas personagens. Não tenho, a bem dizer, mais voz que a voz que elas tiverem. Perdoai-me se vos pareceu pouco isto que para mim é tudo.

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não estou surpreso com a cobertura que a comunicação social espanhola dá a este facto. todos os jornais espanhois dão destaques ao falecimento do Saramago..

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Eu acho muito estranho, o ano 2010 coincidir a morte de Saramago com o fim do L O S T :ph34r:

 

 

 

 

edit: quem me dá pontos negativos por esta minha frase, concerteza não conhece nem a obra do escritor, nem compreende o último episódio da série fenomenal LOST a que me refiro.

 

De Deus e da morte não se tem contado senão histórias, e esta é mais uma delas.
, página 146 do livro "As Intermitências da Morte"

As Intermitências da Morte

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Morreu o Mestre mas a sua obra continuará sempre viva !!

 

:flower:

 

Sem dúvida.

 

Grande perca, mas a vida é mesmo assim...

 

Que descanse em paz!

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LITERATURA MEUS SENHORES... LITERATURA...

 

 

um homem de palavras, como poucos outros, um "operário da escrita" como ele próprio dizia

 

que não acreditava em nada dessas paspalhices que a maior parte de nós (ou de vós) acredita... aprendam a libertar-se do corpo, da terra, do céu e dessas tretas todas que nos infectam a mente :P

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Eu acho muito estranho, o ano 2010 coincidir a morte de Saramago com o fim do L O S T :ph34r:

 

Só queria dizer que é de louvar a sensatez de permitir votos incógnitos (ao contrário do facebook)

 

e sim, que reste em paz o bendito Saramago que para mim será um santo de quem muito se falou nas igrejas (não ouvi mas ouvi dizer) que paz o tenha e obrigado por dar motivo de conversa (afiada como ela a gosta)

 

enfim, para não destuar muito, venha o Elastik em peso :P

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Um Comunista de letra maiúsculo. Precipitou-se em escrever, que era aquilo que fazia de melhor. Eu vou-me precipitar em lê-lo oi melhor, escrevê-lo. Dando-lhe respeito pois claro, mas tratando-o pela mesma maneira, como ele merece, como eu acho que ele merece, como pequeno que sou, pela idade, pela idade pela idade, pela idade... idade, esse poço sem fundo (para alguns) para iluminados que mostram a luz ao fundo do tunel.... o tunel, a esperança do ser, a procura do perdão, o chegar à procura do perdão... aqui perdi-me... só me resta assinar como um verdadeiro Povinho: In Vino Veritas!

 

para mais tarde recordar:

http://www.youtube.com/watch?v=m1nePkQAM4w&feature=player_embedded#!

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pois!

 

grande mestre com ideias arrumadas, concisas e realistas. Tive a oportunidade de o cumprimentar aqui à uns anos no Teatro Trindade, mas só passados estes anos todos consigo perceber a profundidade do trabalho intelectual que desenvolveu. Portugal tem agora a obrigação de eternizar a obra e a personalidade.

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Portugal nao tem obrigaçao de nada. Talvez Lanzarote tenha...Alias podia ter ficado por lá.... :closedeyes:

 

 

não tem na cabeça dos laranjinhas...

alias no que toca à cultura a malta do PSD corta sempre a direito.

tem muita obrigação sim srº..

 

que idiota.. na linha do cavaco silva...

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Oh Anjuna, a cultura não é de esquerda, nem de direita... :lol:

 

Mto gostas tu dos rotulos ! :lol:

 

O Cavaco fez o q lhe competia. Agora q voces gostem de transformar funerais em acontecimentos politicos, isso ja vai do estilo de cada um ;)

 

Se calhar não sabes, mas o numero 2 do país, q é presidente da Assembleia da Republica ( Jaime Gama ) tb não foi ao funeral.

 

Ah claro, mas esse é de esquerda, logo não conta... :rolleyes:

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O Cavaco tambem fez o que lhe competia quando pactuou com o Sousa Lara ao vetar o livro do Saramago a uma candidatura de premio literario, devido ao teor religioso do mesmo? :rolleyes:

 

Estas declaracoes entao sao mesmo proprias de um estado dito laico:

 

"Em entrevista à TSF, Sousa Lara considerou que as «tréguas», depois do almoço desta quinta-feira com Durão Barroso, ficam mal a este Executivo. «Se tivesse escrito bem sobre Cristo, ficava-lhes bem, agora aquela obra sobre Jesus Cristo não lhes fica bem, com certeza», defendeu." :blink:

(...)

"O ex-sub-secretário de Estado da Cultura referiu ainda que a sua decisão teve o apoio do então primeiro-ministro, Cavaco Silva, que terá chegado a mostrar disponibilidade para o acompanhar em actos públicos, de forma a manifestar-lhe o seu apoio pela decisão."

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eu só disse que tinha a obrigação porque realmente penso que é a obrigação dum povo guardar as memórias dos seus intelectuais, especialmente quando produzem muito. Não só em quantidade , mas também em qualidade. Podemos dizer que ele pensava desta ou doutra forma, isso pouco interessa do ponto de vista cultural, o importante parece-me ser que ele de facto pensava sobre as coisas e desenvolvia raciocínios coesos. Portanto exercia influência. Quantos autores da língua portuguesa chegam a Nobel, a Hollywood? Em vida, nem o Camões, nem o Pessoa, nem nenhum dos contemporâneos. Eu diria que na realidade é o primeiro génio português da literatura a ter uma presença global em vida.

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O Cavaco, o Santana Lopes, o Barroso... esses gajos eh representam a cultura Portuguesa. Agora o Saramago... bah!

 

 

 

 

ps - alguem que de um ponto negativo ao post do Kinder onde diz que Portugal nao tem obrigacao de nada... enganei-me e dei-lhe um ponto positivo! :lol:

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O Cavaco tambem fez o que lhe competia quando pactuou com o Sousa Lara ao vetar o livro do Saramago a uma candidatura de premio literario, devido ao teor religioso do mesmo? :rolleyes:

 

Estas declaracoes entao sao mesmo proprias de um estado dito laico:

 

"Em entrevista à TSF, Sousa Lara considerou que as «tréguas», depois do almoço desta quinta-feira com Durão Barroso, ficam mal a este Executivo. «Se tivesse escrito bem sobre Cristo, ficava-lhes bem, agora aquela obra sobre Jesus Cristo não lhes fica bem, com certeza», defendeu." :blink:

(...)

"O ex-sub-secretário de Estado da Cultura referiu ainda que a sua decisão teve o apoio do então primeiro-ministro, Cavaco Silva, que terá chegado a mostrar disponibilidade para o acompanhar em actos públicos, de forma a manifestar-lhe o seu apoio pela decisão."

 

 

Para o caso de nao saberes, nessa altura, o Estado não era laico, e a Igreja tinha participação em todas as cerimonias de Estado. Dentro deste prisma, e não concordando com o dito, parece-me coerente essa posição.

 

Do Jaiminho Gama, q é representante do país, em actos oficiais, qdo nao está o presidente da Republica, é q ninguém fala, mas tb nao me surpreende.

 

 

P.s.- Não percebo essa do Cavaco, Durao e Santana, mas se calhar queres q fale do Soares, Guterres, ou do Socrates, só pode... :gap:

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Kinder, nao era? Em que te baseias para dizer isso? A Constituicao Portuguesa separa claramente a Igreja do Estado. Sabes em que ano foi escrita a Constituicao?

 

Realmente tem logica: 2 dias de luto pela Irma Lucia (ja eramos laicos aqui kinder?), Deus a tenha, e beijamos o cu ao Papa como se nao houvesse amanha; um dos escritores Portugueses mais consagrados se sempre e o Estado nao faz grande caso, simplesmente porque eh comunista.

 

Hipocritas de merda!

 

ps - estas a disparar para a pessoa errada, nao sou de esquerda nem de direita, podes juntar esses nomes a mesma lista.

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Ja agora gostava que me dissesses o que farias tu se te censurassem um livro porque resolveste escrever o que pensas sobre Jesus. As tantas pedias desculpa ao Cavaco pelo incomodo. lol Ainda te questionas porque saiu ele desse pais mesquinho?

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Protese, o Estado só deixou de ser laico, na era Socrates!

 

Até la tinhas sempre a Igreja presente em tudo o q era acto oficial.

 

Os dias de Luto não têm a ver com a Religião, mas sim com a importância e relevância para o país dessas pessoas.

 

Concordando ou não, os 2 tiveram direito a eles, até pq os 2 percorrem, e vao continuar a percorrer o mundo através de livros e da passagem da palavra.

 

O Saramago por cá, sempre gostou de ser uma figura controversa, ora assim sendo julgo ser normal, q nem todos se revejam nele, apesar da sua inquestionavel relevancia literaria.

 

E podes largar essa conversa do Cavaco, pq eu nem votei nele. ;)

 

Edit ( correcçao )

 

Edit 2- E nao fales mto do Cavaco, q o Guterres é q andava sempre com o Padre Vitor Melicias atrás ;)

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Sim, o Guterres era outro que tal. Como te disse nao ligo muito aos partidos, interessam-me as accoes de cada um.

 

Mas estas enganado no que toca a relacao entre a Igreja e o Estado. Legalmente existe essa separacao e deveria ser respeitada e cumprida, infelizmente somos governados por gentinha hipocrita e cobarde, incapazes de sacudir de uma vez por todas a religiao dos assuntos de Estado. Ainda agora se viu bem na forma como recebemos o "santo padre", so faltava baixarmos todos as calcas e, em fila, deixar que o santo pontifice nos enfiasse um crucifixo no cu.

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Sim, o Guterres era outro que tal. Como te disse nao ligo muito aos partidos, interessam-me as accoes de cada um.

 

Mas estas enganado no que toca a relacao entre a Igreja e o Estado. Legalmente existe essa separacao e deveria ser respeitada e cumprida, infelizmente somos governados por gentinha hipocrita e cobarde, incapazes de sacudir de uma vez por todas a religiao dos assuntos de Estado. Ainda agora se viu bem na forma como recebemos o "santo padre", so faltava baixarmos todos as calcas e, em fila, deixar que o santo pontifice nos enfiasse um crucifixo no cu.

 

Não me leves a mal, mas o Papa, nao tem culpa de ser recebido com foi. Convém tb nao esquecer q aliado ao carater religioso, ele é um Chefe de Estado.

 

A verdadeira separaçao de poderes para acontecer, têm ainda de morrer mtos, se é q me percebes. ;)

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Não q mereças qlqr explicação, mas com a vitória do Cavaco assegurada, havia q impor uma derrota ao Soares face a Alegre.

 

Foi um autentico 2 em 1 !!!! ;):lol:

 

O fascizoide votou no Alegre! Que grande hipócrita! :lol:

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Oh Anjuna, a cultura não é de esquerda, nem de direita... :lol:

 

Mto gostas tu dos rotulos ! :lol:

 

O Cavaco fez o q lhe competia. Agora q voces gostem de transformar funerais em acontecimentos politicos, isso ja vai do estilo de cada um ;)

 

Se calhar não sabes, mas o numero 2 do país, q é presidente da Assembleia da Republica ( Jaime Gama ) tb não foi ao funeral.

 

Ah claro, mas esse é de esquerda, logo não conta... :rolleyes:

 

pois não não é..

não quis por rotulos

por isso é que eu referi o PSD e não o CDS..

o cavaco não fez o que lhe competia.. no cavaco não tem sentido de estado.. as justificações que ele deu são ridiculas.. não é preciso ser amigo para la ir..

é o unico premio nobel de portugal logo a presidência da republica devia estar represantada..

o jaime gama não estava pois estava em representação da assenbleia noutros eventos senão estou em erro nos açores.. foi o gilherme martins em sua representação. NÂO SEJAS DESONESTO QUE TU SABES PERFEITAMENTE O PORQUE DA SUA AUSENCIA..

o cavaco foi com os netinhos de ferias.. lol

até espanha se fez representar pelo vice primeiro ministro..

até a direita espanhola se fez representar oficialmente e emitiu uma serie de comunicados coisa que em portugal não aconteceu.

 

 

tu deves ser daqueles que criticas saramago mas nunca tentou ler um livro deles e fundamentas as tuas opiniões com base nas opiniões dos outros..

tal e qual como os catolicos que criticam saramago mas nunca leram a puta da biblia..

 

lo

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tu deves ser daqueles que criticas saramago mas nunca tentou ler um livro deles e fundamentas as tuas opiniões com base nas opiniões dos outros..

tal e qual como os catolicos que criticam saramago mas nunca leram a puta da biblia..

 

Headshot! :)

 

Eu, por acaso, só li dois. "O Evangelho..." (BRILHANTE!) e o "Memorial..."

 

Estou para ler o "Ensaio sobre a cegueira" e a "Jangada de pedra" há tempos. Ainda não tive oportunidade nem disponibilidade mental.

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Não que eu esteja muito dentro do assunto, mas pelo que tenho visto, o Cavaco tem um "pacto" com a igreja católica.

 

Só não sei quem tem oficialmente esse pacto, se o Cavaco como pessoa, ou o Cavaco como presidente...

 

 

Em todo o caso, "Dias após a morte de Saramago, o jornal oficial do Vaticano chamou o escritor de "populista extremista" e "ideólogo anti-religioso"." source

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Oh Anjuna, a cultura não é de esquerda, nem de direita... :lol:

 

Mto gostas tu dos rotulos ! :lol:

 

O Cavaco fez o q lhe competia. Agora q voces gostem de transformar funerais em acontecimentos politicos, isso ja vai do estilo de cada um ;)

 

Se calhar não sabes, mas o numero 2 do país, q é presidente da Assembleia da Republica ( Jaime Gama ) tb não foi ao funeral.

 

Ah claro, mas esse é de esquerda, logo não conta... :rolleyes:

 

pois não não é..

não quis por rotulos

por isso é que eu referi o PSD e não o CDS..

o cavaco não fez o que lhe competia.. no cavaco não tem sentido de estado.. as justificações que ele deu são ridiculas.. não é preciso ser amigo para la ir..

é o unico premio nobel de portugal logo a presidência da republica devia estar represantada..

o jaime gama não estava pois estava em representação da assenbleia noutros eventos senão estou em erro nos açores.. foi o gilherme martins em sua representação. NÂO SEJAS DESONESTO QUE TU SABES PERFEITAMENTE O PORQUE DA SUA AUSENCIA..

o cavaco foi com os netinhos de ferias.. lol

até espanha se fez representar pelo vice primeiro ministro..

até a direita espanhola se fez representar oficialmente e emitiu uma serie de comunicados coisa que em portugal não aconteceu.

 

 

tu deves ser daqueles que criticas saramago mas nunca tentou ler um livro deles e fundamentas as tuas opiniões com base nas opiniões dos outros..

tal e qual como os catolicos que criticam saramago mas nunca leram a puta da biblia..

 

lo

 

Entao estar em representaçao num acto qlqr mixuruca nos Açores é mais importante q o Saramago...Mas o Presidente tar de ferias já é mto grave... :lol:

 

E a presidencia da republica estava representada, e até emitiu uma nota.

 

Agora q os Espanhois, ou a direita espanhola tenham feito "n" comunicados e afins, e por cá isso não tenha acontecido, é apenas sinal q a controversidade do Saramago por cá era elevada...

 

Mas tb aposto q ele nunca falou da Espanha depreciativamente como falava de Portugal ;)

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Faz-me lembrar um tal Cristóvão há uns 500 anos atrás, quando tentou descobrir a América Índia com o patrocínio da corte portuguesa. Mas estes não estavam interessados, então foi perguntar aos vizinhos espanhois... e pronto, o resto acho que toda a gente sabe :closedeyes:

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Oh Anjuna, a cultura não é de esquerda, nem de direita... :lol:

 

Mto gostas tu dos rotulos ! :lol:

 

O Cavaco fez o q lhe competia. Agora q voces gostem de transformar funerais em acontecimentos politicos, isso ja vai do estilo de cada um ;)

 

Se calhar não sabes, mas o numero 2 do país, q é presidente da Assembleia da Republica ( Jaime Gama ) tb não foi ao funeral.

 

Ah claro, mas esse é de esquerda, logo não conta... :rolleyes:

 

pois não não é..

não quis por rotulos

por isso é que eu referi o PSD e não o CDS..

o cavaco não fez o que lhe competia.. no cavaco não tem sentido de estado.. as justificações que ele deu são ridiculas.. não é preciso ser amigo para la ir..

é o unico premio nobel de portugal logo a presidência da republica devia estar represantada..

o jaime gama não estava pois estava em representação da assenbleia noutros eventos senão estou em erro nos açores.. foi o gilherme martins em sua representação. NÂO SEJAS DESONESTO QUE TU SABES PERFEITAMENTE O PORQUE DA SUA AUSENCIA..

o cavaco foi com os netinhos de ferias.. lol

até espanha se fez representar pelo vice primeiro ministro..

até a direita espanhola se fez representar oficialmente e emitiu uma serie de comunicados coisa que em portugal não aconteceu.

 

 

tu deves ser daqueles que criticas saramago mas nunca tentou ler um livro deles e fundamentas as tuas opiniões com base nas opiniões dos outros..

tal e qual como os catolicos que criticam saramago mas nunca leram a puta da biblia..

 

lo

 

Entao estar em representaçao num acto qlqr mixuruca nos Açores é mais importante q o Saramago...Mas o Presidente tar de ferias já é mto grave... :lol:

 

E a presidencia da republica estava representada, e até emitiu uma nota.

 

Agora q os Espanhois, ou a direita espanhola tenham feito "n" comunicados e afins, e por cá isso não tenha acontecido, é apenas sinal q a controversidade do Saramago por cá era elevada...

 

Mas tb aposto q ele nunca falou da Espanha depreciativamente como falava de Portugal ;)

 

 

o jaime gama estava numa cerimónia de estado nos açores.. e esteve representado por uma pessoa....

o cavaco emitiu um papel e mandou um coroa de flores..

tas a comparar aquilo que não é comparavel. alem do mais o jaime gama nunca teve nada de nada contra co saramago.. alias na polemica com o sousa lara foi jaime gama quem o defedeu..

o cavaco não foi porque estava ressaibiado.. porque o saramago o criticava.. pronto , pos o sentido de estado numa gaveta.

oh kinder tu és inteligente o suficiente para perceber que ele devia la ter estado , ponto final..

até muita malta da direita portuguesa partilha desta opinião..

 

qual o comentário depreciativo que o saramago disse sobre portugal ?? escreva la as exactas palavras dele devidamente contextualizadas?? zero..

 

saramago era de opinião que portugal e espanha se devia juntar num so pais e criar a iberia? onde é que esta merda é depreciativa ?? eu não concordo mas não acho depreciativo.. atenção: alguns fascizoides de direita tem a mania de manipular as palavras dele e dizem à boca cheia que saramago era de opinão que portugal devia ser uma provincia espanhola.. isso não +e verdade..

 

PS: bem me parecia que nunca leste um linha dos textos dele..

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Ainda te questionas porque saiu ele desse pais mesquinho?

 

 

Não compreendo então porque metes os pés neste país, nem porque perdes tempo em fóruns frequentados por pessoas dessa tão mesquinha pátria. Até eu que não nasci cá não sou capaz de dizer isso sobre o país onde vivo.

"A hippie is someone who looks like Tarzan, walks like Jane, and smells like Cheetah".

 

 

foi pena os croquetes de soja estarem sempre esgotados

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Ainda te questionas porque saiu ele desse pais mesquinho?

 

Não compreendo então porque metes os pés neste país, nem porque perdes tempo em fóruns frequentados por pessoas dessa tão mesquinha pátria. Até eu que não nasci cá não sou capaz de dizer isso sobre o país onde vivo.

 

 

Mas eu sou capaz de dize-lo, Portugal eh um pais mesquinho, muito mesmo. Sou capaz de dizer isso e muitas outras coisas.

 

De resto nao tens de compreender nada, nao te conheco de lado nenhum por isso nao tens com que te preocupar. :)

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De resto nao tens de compreender nada, nao te conheco de lado nenhum por isso nao tens com que te preocupar. smile.gif

 

Que não me conheces sei eu, agora o porquê de chamares o que chamaste à minha mãe é que nunca cheguei a perceber, e depois de o fazeres ainda dizias que eu é que estava a agir mal.

"A hippie is someone who looks like Tarzan, walks like Jane, and smells like Cheetah".

 

 

foi pena os croquetes de soja estarem sempre esgotados

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:lol:

 

Es um bocado repetitivo nao achas? A unica resposta que posso dar a isso eh esta:

 

Segue o teu destino,

Rega as tuas plantas,

Ama as tuas rosas.

O resto é a sombra

De árvores alheias.

 

 

 

Agora com licensa, vou ali sacar uns albuns da flow records! :smokinggun:

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Agora com licensa, vou ali sacar uns albuns da flow records! smokinggun.gif

 

Queres os links directos? Sei que este fórum é contra a pirataria, mas se um moderador do mesmo apregoa que o faz penso que não haverá problema em partilhar os links.

"A hippie is someone who looks like Tarzan, walks like Jane, and smells like Cheetah".

 

 

foi pena os croquetes de soja estarem sempre esgotados

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Eu sou a favor da pirataria. Hoje e sempre!

 

Mas o forum nao eh um sitio onde se promova a pirataria, ha sitios proprios para isso, e por isso mesmo nao podes por aqui os links, lamento! Se quiseres manda por pm...

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kinder, não deves mesmo conhecer a Constituição do teu País.

Portugal é um estado Republicano e Laico.Ponto final.

 

Não passou a ser Laico no tempo do Sócrates

 

 

Protese & Ding Dong, Roque & Amiga cá do tasco :)

 

 

(Prótese, LICENÇA não leva 's'. Tás mesmo emigra!)

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Este post não foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

 

Terapia 66 2010-08-04

http://soundcloud.com/terapia_66/t66-2010-08-04

 

 

Última faixa escutada:

karmaceutical.png

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kinder, não deves mesmo conhecer a Constituição do teu País.

Portugal é um estado Republicano e Laico.Ponto final.

 

Não passou a ser Laico no tempo do Sócrates

 

 

Protese & Ding Dong, Roque & Amiga cá do tasco :)

 

 

(Prótese, LICENÇA não leva 's'. Tás mesmo emigra!)

 

Freek, foi no tempo do Socrates, q se tiraram os crucifixos das escolas, e foi com ele, q a Igreja deixou de ter lugar no protocolo de Estado.

 

Já podia ser laico, mas era pouco ! :)

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Claro que era laico, esta na Constituicao!

 

E se com o Socrates a igreja deixou de ter lugar no protocolo de estado o que seria se ainda tivesse. Basta ver como o papa-moedas do vaticano foi recebido, so faltava lamber-lhe o cu...

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Claro que era laico, esta na Constituicao!

 

E se com o Socrates a igreja deixou de ter lugar no protocolo de estado o que seria se ainda tivesse. Basta ver como o papa-moedas do vaticano foi recebido, so faltava lamber-lhe o cu...

 

Se era laico, porque havia crucifixos nas escolas ???

 

Pq tinham lugar de Estado ???

 

 

 

MAs não era laico, nada laico...no entanto só agora é q perderam as regalias e previlegios... :closedeyes:

 

Agora se queres insistir na constituição, força aí, mas os factos falam por si ;)

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MAs era laico antes ou não? Deixa de ser aldrabão....em duas frases três mentiras

 

 

Oh Orelhas vai la fazer umas musiquinhas, para seres Artista... O q vale é q o outro faz o trabalho todo :closedeyes:

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Oh Kinder, os crucifixos nas escolas nao me parece que existissem devido a directivas estatais, se la estavam eram porque os directores dessas escolas o autorizavam. Se o Estado finalmente lancou uma directiva (nao se sim ou se nao) que obriga a remocao dos crucifixos nas paredes das escolas publicas ou se tomou outra medida para que isso aconteca eh sinal que esta a fazer por cumprir o que esta estipulado na Constituicao, e muito bem. Mas nao foi o Socrates nem este governo que introduziu Portugal a laicidade...

 

O facto eh que Portugal eh por lei um pais laico, se algumas pessoas tem dificuldade em aceitar esse facto, isso ja eh outra conversa...

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O Saramago foi censurado pelos Fascistas Cavaquistas durante a epoca em que se mandava espancar os portugueses que se manifestavam contra a ditadura democratica laranja.

 

Fez ele muito bem em falar mal de um pais que abrigava este tipo de regime e de escumalha de colarinho branco.

 

Não morreu sem antes dizer o que pensava sobre esta gentinha de merda!

 

Uma coisa que nunca conseguiram esconder foi o reconhecimento internacional ao escritor.

 

O resto é conversa fiada e de teor fascizóide.

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O Saramago foi censurado pelos Fascistas Cavaquistas durante a epoca em que se mandava espancar os portugueses que se manifestavam contra a ditadura democratica laranja.

 

Fez ele muito bem em falar mal de um pais que abrigava este tipo de regime e de escumalha de colarinho branco.

 

Não morreu sem antes dizer o que pensava sobre esta gentinha de merda!

 

Uma coisa que nunca conseguiram esconder foi o reconhecimento internacional ao escritor.

 

O resto é conversa fiada e de teor fascizóide.

 

 

Tanta gente a falar mal deste país, não percebo porque ainda cá vivem - temos vários aeroportos, via marítima e vias terrestres, ninguém está aqui por obrigação.

"A hippie is someone who looks like Tarzan, walks like Jane, and smells like Cheetah".

 

 

foi pena os croquetes de soja estarem sempre esgotados

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Tanta gente a falar mal deste país, não percebo porque ainda cá vivem - temos vários aeroportos, via marítima e vias terrestres, ninguém está aqui por obrigação.

 

Eu gosto muito do país, não gosto é de certas pessoas e do que elas têm feito.

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Tens de terminar a frase, senao nao percebem.

 

"(...)...e do que eles tem feito ao pais, por isso eh que a vida em Portugal esta como esta, uma merda!" :closedeyes:

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ainda esta semana o executivo camarario do Porto chumbou a atribuição do nome de saramago a uma rua da cidade.

psd e cds chumbaram este proposta.

 

parece que o sousa lara ainda tem alguma influência.

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ainda esta semana o executivo camarario do Porto chumbou a atribuição do nome de saramago a uma rua da cidade.

psd e cds chumbaram este proposta.

 

parece que o sousa lara ainda tem alguma influência.

 

Pode ser que no avante lhe dêm o nome de uma rua entre uma barraca de farturas e uma barraca de rojões.

"A hippie is someone who looks like Tarzan, walks like Jane, and smells like Cheetah".

 

 

foi pena os croquetes de soja estarem sempre esgotados

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É facto que a maioria (no nosso país) não gosta dele. Mas também é essa maoria de faz o nosso país ser como é.

 

Lá fora, a maioria ditou que foi uma das grandes pessoas atribuindo-lhe o prémio Nobel.

 

Cá dentro, somos uma minoria que o aprecia e admira...

 

 

 

Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;

E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

 

:closedeyes:

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Os génios quase nunca são compreendidos ou admirados pelos seus, mas isso também não é nenhuma novidade.

 

Para haver evolução há que primeiro quebrar o sistema instituído, e o Saramago levou uma vida inteira a apontar o dedo a esse sistema.

 

Respect!

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Meu deus tanta atrocidade num só nick! :gap:

 

Ding Dong Pong Zong, faço minhas as palavras do Psiconauta.

 

Se alguém tem culpa disto estar uma merda somos nós e não o pais. Sendo assim e assim sendo ainda me vou sentindo bem no meu PAÍS.

 

Quando quizer bazar faço uma mega RAVE e convido-te para la ires tocar :lol:

:)

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Uma coisa é saber apreciar e preferir viver no estrangeiro, mas ter vergonha de um povo e uma cultura ao ponto de renunciar a sua cidadania e tornar-se Espanhol eu não concordo. Tenho que respeitar, mas não tenho nenhum carinho por ele.

 

Carinho especial tenho por artistas que projectaram a nossa cultura para outros países, mas que sabiam dar valor e ter orgulho na sua história, cultura e a um povo. Concordo com muitas ideias dele e por isso respeito-o, mas não há casa como a minha casa e quem conhece minimamente outros povos num instante se apercebe disso.

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Cultura nao tem nada a ver com nacionalismo. Isso eh o quadro que nos querem pintar, nao vao nessa conversa...

 

Cultura eh acima de tudo a Lingua (veiculo de comunicacao), e a realidade partilhada por um grupo de pessoas, neste caso e na sua maioria devido a estarem situadas geograficamente num espaco comum. Nacionalismos, patriatismos e outros ismos que tais sao a meu ver coisa do passado, fruto de praticas tribais arcaicas que os seres humanos utilizam para se relacionarem entre si (p.e. fronteiras territoriais, o “nos” e “eles”, etc). A mente humana ja ha muito que tem ferramentas ao nosso dispor que deitam essa concepcao por terra tao facilmente como descascar uma tangerina, basta querer.

 

Para alem de que o ter orgulho na nossa Historia eh muito relativo, eu por exemplo nao tenho orgulho nenhum no facto de Portugal ter sido um dos principais dinamizadores da escravatura a nivel mundial. Mas nos chamamos-lhes Descobrimentos... lol. O que descobriram de novo ainda estou para descobrir eu.

 

A cidadania Portuguesa a mim nao me diz nada a nao ser que se nao a tiver provavelmente terei mais problemas em entrar no pais. De resto nao me diz absolutamente nada. Gosto de ser Portugues, mas nao giro a minha vida a volta disso.

 

 

Uma coisa é saber apreciar e preferir viver no estrangeiro, mas ter vergonha de um povo e uma cultura ao ponto de renunciar a sua cidadania e tornar-se Espanhol eu não concordo.

 

Entao achas que se por acaso te sentires inferiorizado como individuo pensador livre e como artista pelo Governo e pela cultura do teu pais deves baixar a cabeca e pedir penitencia? Nem parece teu Werebear... Ja o disse e volto a repetir, eu no lugar dele provavelmentente tinha feito o mesmo, o que Portugal e a sua "cultura" lhe fizeram eh uma vergonha! E tudo porque, nao podemos deixar escapaar este importante pormenor, o homem decidiu escrever sobre o menino das palhas. Ora foda-se, deviamos ter saido todos do pais, nao era so ele! Nao foi a liberdade dele que foi posta em causa mas sim a de todos, e a reaccao do povo a esse acto, como em relacao a muitos outros, diz muito acerca da nossa "cultura" enquanto povozinho.

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Cultura também são habitos e costumes, maneiras de estar e pensar, vestuário e até mesmo religião. E está directamente relacionada com nacionalismo sim, que se fosse no Afeganistão esta conversa nem exisitia logo à partida.

 

Eu também não tenho orgulho em que tivéssemos sido dos pioneios na escravatura, mas tenho orgulho em que tivesse sido também dos primeiros a abulir. Não só, de entregarmos as nossas colónias de Africa de mão abeijada, mesmo tendo sido um grande erro para eles... os Ingleses foram mais espertos, deixaram de ser colonizadores mas não largam a maminha.

 

E atenção, estamos a falar de um homem com o prémio nobel não de um borra botas qualquer. Os Espanhois no que toca a religião são bem mais ferranhos do que nós. Agora um homem com um prémio nobel a dizer queria ter nascido Espanhol? Patriotistas e maioria deles Monarquistas? Claro que vai ser recebido como um rei! Apesar de eles respeitarem melhor outras opiniões, dúvido muito que gostassem de ouvi-lo falar sobre religião católica... mas ao contrário dos Portuguêses ouvem, lá nisso dou-te razão a ti e ao Saramago.

 

Sei o que é censura. Foi o mesmo povo que ficou escandalizado com um gif animado a brincar com a maior organizadora de trance em Portugal, interromperem-me uma actuação em que gozo com jesus cristo numa terriola no fundo de Portugal, and so on. Mas também sabia graças a cá viver e conhecer a cultura que iria ser um tema polémico, assim como o Saramago sabia. Mas ao menos em Portugal existe a liberdade de expressão e oportunidade de tentar, se tivesse um prémio nobel talvez fossem diferentes... mais fáceis. Mas também é facil não tentar entender o porquê das coisas e ir para um sitio onde a papinha já tenha sido feita por outros.

 

Se fizer pirataria, faço-a com produtos estrangeiros. Se tiver um pouco mais de dinheiro, apoio os produtos portuguêses. Apesar de não ser consumidor, prefiro que se vejam telenovelas em Português que em Brasileiro. Recuso-me a ser mais um Português pessimista sempre a escarrar na nossa bandeira, péssimo defeito da nossa cultura que nem o Saramago se conseguia abester. E não acho piada nenhuma a ele achar-se superior a uma nação.

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E atenção, estamos a falar de um homem com o prémio nobel não de um borra botas qualquer. Os Espanhois no que toca a religião são bem mais ferranhos do que nós. Agora um homem com um prémio nobel a dizer queria ter nascido Espanhol? P

 

 

ele não disse isso.

ele disse que Portugal e Espanha case se juntassem e formassem a ibéria tinha muito a ganhar os 2.. entre outras coisas..

as palavras deles foram sempre muito deturpadas e retiradas do contexto.. infelizmente acontece com muita gente.

nós temos que ter a capacidade de tentar perceber o contexto em que certas afirmações são proferidas e não ir atrás do que os jornalistas no impigem..

 

A comunicação social portuguesa, entre outros tentou passar a ideia que saramago gostava mais de Espanha do que de Portugal.. Isso TOTALMENTE incorrecto…

 

um idiota de um jornalista do correio da manha uma vez a propósito da polémica do gunter grass ter pertencido à juventude hitleriana perguntou a Saramago o que achava e este responde IRONICAMENTE e na brincadeira que todos os jovens da Portugal pertenciam à mocidade portuguesa.. noticia no correio da manha foi : Saramago pertenceu à mocidade portuguesa..

 

relativamente à questão da cultura ser ou não nacionalista.. cada tapa os olhos com aquilo que quer..

 

tem atenção ao que escreves.. dás a entender que deviamos continuar a explorar os africa e os africados depois de os ter-mos trocidado durante seculos.

nunca la deviamos era ter estado.

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Sim, entre Portugal e Espanha eu sei que ele sempre defendeu a união dos dois. Se não tivessemos na comunidade Europeia nem tivesse existido um Don Afonso Henriques, talvez sim. Mas mesmo assim, seriamos hoje em dia exorcizados como os bascos, pois esses mesmos querem independência... já para não falar dos catalães. Seria impossível abdicarmos da nossa individualidade e da nossa identidade como povo.

 

Sobre a nacionalidade portuguêsa ele acabou por desmentir isso em noticia, disso não sabia realmente.

 

Sobre os Africanos o que eu disse é que teriamos mais a ganhar se continuassemos a ter boas ligações com eles, a nível de politica e de economia. Nunca lá deviamos ter estado, é verdade, mas também sairmos de esticão acho que acabou por ser mau para ambos.

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E não acho piada nenhuma a ele achar-se superior a uma nação.

 

Werebear estou a ter tremendas dificuldades em interpretar isto. Não quero crer que me estás a dizer que o valor de uma vida humana é inferior ao conceito de nação. As nações só existem porque têm lugar na mente humana, é o único reduto delas. Só por isso, valem o que valem. Ou te expressaste mal ou há aí qualquer coisa com a qual eu não concordo nada.

 

 

Em relação a outra coisa que escreveste, pensa nisto por um momento: o que levou D. Afonso Henriques a querer formar um Reino passou-se numa realidade totalmente distinta da actual, a todos os níveis. Não podemos continuar a viver amarrados a conceitos e estruturas que são completamente obsoletos. Estamos em 2010, não em 1143, nem em 1500, nem em 1980. Por isso mesmo disse que Cultura, no seu sentido mais puro, não tem rigorosamente nada a ver nacionalismos ou patriotismos, isso foi uma ideia espalhada no mundo para servir certos propósitos em contextos específicos. Podem estar ligadas entre si na maneira como nos apresentam a realidade sócio-económica actual, mas no seu verdadeiro sentido são coisas completamente distintas.

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ainda esta semana o executivo camarario do Porto chumbou a atribuição do nome de saramago a uma rua da cidade.

psd e cds chumbaram este proposta.

 

parece que o sousa lara ainda tem alguma influência.

 

Pode ser que no avante lhe dêm o nome de uma rua entre uma barraca de farturas e uma barraca de rojões.

 

Alguns dos melhores petiscos que comi até hoje foram no Avante! Rojões com Verde Tinto é :heart: E não acredito que lhe dêem nome de rua. Devem dar nome a um pavilhão. E ele merece!

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Leiam gratuitamente e também podem fazer download:

 

- Powerpoint sobre José Saramago: http://www.box.net/shared/4j21egxezo

- Aceitação do Nobel: http://www.box.net/shared/m3t42906a7

- A Caverna: http://www.box.net/shared/zpvjth0cf1

- A Ilha desconhecida: http://www.box.net/shared/8htike8tvu

- A Jangada de Pedra: http://www.box.net/shared/5emry86zxc

- As Intermitências da Morte: http://www.box.net/shared/7m8ur1mrt8

- As Palavras: http://www.box.net/shared/xf4yl47s4e

- As Palavras são novas: http://www.box.net/shared/ioompp993i

- Caminho: http://www.box.net/shared/3ds74zv9iq

- Carta para Josefa, minha Avó: http://www.box.net/shared/83f4ffpyu7

- Chega-se mais fácilmente a Marte: http://www.box.net/shared/vu1qf547pt

- Circo: http://www.box.net/shared/5f6lbs8cxi

- Criação: http://www.box.net/shared/a9369eoabk

- Deus: http://www.box.net/shared/7gbh5dmeet

- Dulcineia: http://www.box.net/shared/8i1h61nx2a

- Embargo: http://www.box.net/shared/1fuhu365r8

- Ensaio sobre a Cegueira: http://www.box.net/shared/lxzxyzhj57

- Ensaio sobre a Lucidez: http://www.box.net/shared/j1qk45tuxc

- Espaço curvo e finito: http://www.box.net/shared/s73d1yf2yn

- Este mundo da Injustiça: http://www.box.net/shared/kxj6gjeqjt

- Eu luminoso não sou: http://www.box.net/shared/z17vdojyvy

- Fala do velho do Restelo: http://www.box.net/shared/54bqkvmbud

- Folhas políticas: http://www.box.net/shared/0ypq6ae8u8

- História do cerco de Lisboa: http://www.box.net/shared/q92ujqmzs3

- Intimidade: http://www.box.net/shared/f90z0qmtin

- Lanzarote: http://www.box.net/shared/n7ekmv9adk

- Levantado do chão: http://www.box.net/shared/su57q8nhk7

- Manual de Pintura e Caligrafia: http://www.box.net/shared/37lsmbccqa

- Memorial do Convento: http://www.box.net/shared/bqspyq4xhi

- Na Ilha por vezes habitada: http://www.box.net/shared/svfhe1goiu

- Não sei se diga: http://www.box.net/shared/fys8h4j9xq

- No silêncio dos olhos: http://www.box.net/shared/dtqxmx8usz

- O ano da morte de Ricardo Reis: http://www.box.net/shared/kvkh3554x9

- O ano de 93 (02): http://www.box.net/shared/hy04zt6vsf

- O ano de 93 (04): http://www.box.net/shared/257vh3pjd9

- O ano de 93 (06): http://www.box.net/shared/ylg9zdqxn4

- O ano de 93 (14): http://www.box.net/shared/dky0c7lokt

- O ano de 93 (16): http://www.box.net/shared/k2hvb3vun7

- O ano de 93 (29): http://www.box.net/shared/hqdnnn64ps

- O Evangelho segundo Jesus Cristo: http://www.box.net/shared/a9ol1x140k

- O factor Deus: http://www.box.net/shared/f0zf4lbn5a

- O homem duplicado: http://www.box.net/shared/2dep2b0bzs

- Poema á boca fechada: http://www.box.net/shared/ntdz24jyb4

- Poema para Luis de Camões: http://www.box.net/shared/ybbmubg5ci

- Protopoema: http://www.box.net/shared/eqt9u4a3cj

- Retrato do poeta, quando jovem: http://www.box.net/shared/tllsz9mdgr

- Sience Fiction: http://www.box.net/shared/cfk9r99n39

- Todos os nomes: http://www.box.net/shared/f88q8bazzs

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O amor é melhor do que a paz.

Eu sou pelo amor...

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- Powerpoint sobre José Saramago: http://www.box.net/shared/4j21egxezo

- Aceitação do Nobel: http://www.box.net/shared/m3t42906a7

- A Caverna: http://www.box.net/shared/zpvjth0cf1

- A Ilha desconhecida: http://www.box.net/shared/8htike8tvu

- A Jangada de Pedra: http://www.box.net/shared/5emry86zxc

- As Intermitências da Morte: http://www.box.net/shared/7m8ur1mrt8

- As Palavras: http://www.box.net/shared/xf4yl47s4e

- As Palavras são novas: http://www.box.net/shared/ioompp993i

- Caminho: http://www.box.net/shared/3ds74zv9iq

- Carta para Josefa, minha Avó: http://www.box.net/shared/83f4ffpyu7

- Chega-se mais fácilmente a Marte: http://www.box.net/shared/vu1qf547pt

- Circo: http://www.box.net/shared/5f6lbs8cxi

- Criação: http://www.box.net/shared/a9369eoabk

- Deus: http://www.box.net/shared/7gbh5dmeet

- Dulcineia: http://www.box.net/shared/8i1h61nx2a

- Embargo: http://www.box.net/shared/1fuhu365r8

- Ensaio sobre a Cegueira: http://www.box.net/shared/lxzxyzhj57

- Ensaio sobre a Lucidez: http://www.box.net/shared/j1qk45tuxc

- Espaço curvo e finito: http://www.box.net/shared/s73d1yf2yn

- Este mundo da Injustiça: http://www.box.net/shared/kxj6gjeqjt

- Eu luminoso não sou: http://www.box.net/shared/z17vdojyvy

- Fala do velho do Restelo: http://www.box.net/shared/54bqkvmbud

- Folhas políticas: http://www.box.net/shared/0ypq6ae8u8

- História do cerco de Lisboa: http://www.box.net/shared/q92ujqmzs3

- Intimidade: http://www.box.net/shared/f90z0qmtin

- Lanzarote: http://www.box.net/shared/n7ekmv9adk

- Levantado do chão: http://www.box.net/shared/su57q8nhk7

- Manual de Pintura e Caligrafia: http://www.box.net/shared/37lsmbccqa

- Memorial do Convento: http://www.box.net/shared/bqspyq4xhi

- Na Ilha por vezes habitada: http://www.box.net/shared/svfhe1goiu

- Não sei se diga: http://www.box.net/shared/fys8h4j9xq

- No silêncio dos olhos: http://www.box.net/shared/dtqxmx8usz

- O ano da morte de Ricardo Reis: http://www.box.net/shared/kvkh3554x9

- O ano de 93 (02): http://www.box.net/shared/hy04zt6vsf

- O ano de 93 (04): http://www.box.net/shared/257vh3pjd9

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- O ano de 93 (14): http://www.box.net/shared/dky0c7lokt

- O ano de 93 (16): http://www.box.net/shared/k2hvb3vun7

- O ano de 93 (29): http://www.box.net/shared/hqdnnn64ps

- O Evangelho segundo Jesus Cristo: http://www.box.net/shared/a9ol1x140k

- O factor Deus: http://www.box.net/shared/f0zf4lbn5a

- O homem duplicado: http://www.box.net/shared/2dep2b0bzs

- Poema á boca fechada: http://www.box.net/shared/ntdz24jyb4

- Poema para Luis de Camões: http://www.box.net/shared/ybbmubg5ci

- Protopoema: http://www.box.net/shared/eqt9u4a3cj

- Retrato do poeta, quando jovem: http://www.box.net/shared/tllsz9mdgr

- Sience Fiction: http://www.box.net/shared/cfk9r99n39

- Todos os nomes: http://www.box.net/shared/f88q8bazzs

 

Serviço público! :) Thanx!

 

Embora eu (como leitor) ainda prefira o objecto físico para desfrutar. Por acaso tive que ir ao Banco de Portugal nos Aliados na manhã em que foi anunciada a morte do Saramago. Estava a acontecer a feira do livro. Fui ao Stand da Leya e estava uma azáfama dos diabos por causa do acontecimento. A modificar preços e a colocar expositores referentes ao acontecimento.

 

Gostei muito da entrevista da Pilar há uma semana na televisão.

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